Rev. bras. epidemiol; 24 (supl.2), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT:
Objective: to estimate the prevalence and factors associated with angina pectoris in the Brazilian adult population and per federated units. Methods:
Cross-sectional descriptive study that analyzed data from the National Survey of Health 2019 and assessed the prevalence of angina in the Brazilian population. Angina was defined as chest pain or discomfort when climbing hills or stairs, or when walking fast on flat terrain (angina I) or when walking at normal speed on flat terrain (angina II). Prevalence, crude and adjusted prevalence ratios were calculated, with a 95% confidence interval, according to sociodemographic characteristics (sex, age group, self-reported race/skin color and region of residence) and federative units. Results:
The prevalence of mild angina (grade I) was 8.1% and of moderate/severe angina (grade II) was 4.5%, being both more prevalent in women (9.8 and 5.5%, respectively). The prevalence increased progressively with age and was inversely proportional to years of formal study. Grade I angina was higher in individuals self-reportedly black and residents of Sergipe (10,4%). Angina II was more prevalent in people self-reportedly brown and living in Amazonas (6.3%). Conclusion:
Angina affects more than 10% of the Brazilian population aged 18 years old and more, with higher prevalence in states in the North and Northeast. This is a problem that affects the most vulnerable populations unequally, which places coronary heart disease as a public health problem and points to the need to think about public policies aimed at these strata of the population.
RESUMO:
Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados à angina do peito na população adulta brasileira e por unidades federadas. Métodos:
Estudo transversal descritivo, que analisou os dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 e avaliou a angina na população brasileira. A angina foi definida como dor ou desconforto no peito ao subir ladeiras ou um lance de escadas, ou ao caminhar rapidamente no plano (angina I) ou em velocidade normal no plano (angina II). Foram calculadas as prevalências, razão de prevalência bruta e ajustada, com intervalo de confiança de 95%, segundo características sociodemográficas (sexo, faixa etária, raça/cor da pele autodeclarada e região de moradia) e unidades federativas. Resultados:
A prevalência de angina leve (grau I) foi de 8,1% e da angina moderada/grave (grau II), 4,5%, ambas mais prevalentes em mulheres (9,8 e 5,5%, respectivamente). As prevalências aumentaram progressivamente com o avanço da idade e foram inversas aos anos de estudo formal. Angina grau I foi mais elevada em indivíduos da raça/cor da pele autodeclarada preta e residentes em Sergipe (10,4%). A angina II foi mais prevalente em pessoas de raça/cor da pele autodeclarada parda, que vivem no Amazonas (6,3%). Conclusão:
A angina afeta mais de 10% da população brasileira acima de 18 anos, com maior prevalência em estados do Norte e do Nordeste. É um agravo que atinge de forma desigual as populações mais vulneráveis, revelando a importância da doença coronariana como problema de saúde pública e a necessidade de pensar em políticas públicas voltadas para esses estratos da população.