Rev. bras. epidemiol; 24 (supl.2), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT Objective:
To estimate the prevalence and factors associated with intimate partner violence against adult women in Brazil. Methods:
Quantitative cross-sectional epidemiological study using the database of the National Survey of Health 2019. The prevalence in the last 12 months and crude and adjusted prevalence ratios of intimate partner violence were calculated, stratified by sociodemographic characteristics. Results:
Intimate partner violence was reported by 7.60% of Brazilian women aged from 18 to 59 years, with higher prevalence among younger women (8.96%), black women (9.05%), those with lower education level (8.55%) and low income (8.68%). After adjusted analysis, the age groups of 18-24 years old (PRadj: 1.41) and 25-39 years old (PRadj: 1.42) and income lower than one minimum wage (PRadj: 1.55) remained associated with intimate partner violence. Conclusions:
Intimate partner violence was associated with younger and poorest women. This result points to the need to develop intersectoral policies, especially those aimed at reducing social inequalities and at the coping with intimate partner violence among adult women.
RESUMO:
Objetivo: Estimar a prevalência da violência por parceiro íntimo sofrida por mulheres adultas no país e os fatores associados a ela. Métodos:
Estudo epidemiológico transversal quantitativo utilizando base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Foram calculadas as prevalências e razões de prevalência bruta e ajustada da violência por parceiro íntimo nos últimos 12 meses segundo características sociodemográficas. Resultados:
A violência por parceiro íntimo foi relatada por 7,60% das mulheres brasileiras de 18-59 anos, com maior prevalência entre as mais jovens (8,96%), aquelas que se autodeclararam pretas (9,05%), com menor escolaridade (8,55%) e baixa renda (8,68%). Após análise ajustada, permaneceram associadas à violência por parceiro íntimo as faixas etárias 18-24 anos (RPa: 1,41) e 25-39 anos (RPa: 1,42) e renda menor que um salário mínimo (RPa: 1,55). Conclusões:
A violência por parceiro íntimo se associou às mulheres mais jovens e com pior renda. Esses resultados apontam a necessidade de desenvolvimento de políticas intersetoriais, especialmente as relacionadas à redução das desigualdades sociais e para o enfrentamento da violência por parceiro íntimo entre mulheres adultas.