Factors associated with common mental disorders: a study based on clusters of women
Fatores associados aos transtornos mentais comuns: estudo baseado em clusters de mulheres
Rev. saúde pública (Online); 55 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT OBJECTIVE to identify factors associated with common mental disorders (CMD) in a sample of adult women in Southern Brazil. METHODS This population-based study, composed of 1,128 women, investigated socioeconomic, behavioral and health/disease explanatory demographic variables.
Five response groups were explored:
one group with common mental disorders - cut-off point 6/7 in the Self-Reporting Questionnaire 20 (SRQ-20) - and four others corresponding to the different clusters found using the latent class clustering technique, also from the SRQ-20. These four clusters (low, medium-depressive, medium-digestive and high) were named (denominated) based on the mean scores in the SRQ-20 in each group and on the response patterns of the variables and factorial characteristics. The "low" cluster comprised women with lower SRQ-20 scores and, therefore less likely to present CMD. The "high" cluster, with high mean values in the SRQ-20, was related to higher psychiatric morbidity. We used the Poisson regression technique to compare the findings of the different groups. RESULTS We identified ten variables as factors associated with CMD. Age, education, smoking, physical activity, perception of health and number of medical appointments were the common variables for the cut-off point and cluster-based analyses. Heavy alcohol use was associated only when the sample was evaluated as a cut-off point. Social class, work situation and existence of chronic diseases were associated only when the sample was analyzed by clusters. There was a significant association in the "high" cluster with lower classes (D or E), smoking, physical inactivity, existence of chronic diseases and negative perception of health. CONCLUSION We identified different associated factors according to the response groups considered. New approaches allowing identification of subgroups of individuals with specific characteristics and associated factors may contribute for a more accurate understanding of CMD and provide the basis for health interventions.
RESUMO OBJETIVO Identificar fatores associados aos transtornos mentais comuns (TMC) em uma amostra de mulheres adultas no Sul do Brasil. MÉTODOS Em estudo de base populacional composto por 1.128 mulheres, foram investigadas variáveis explicativas demográficas, socioeconômicas, comportamentais e de saúde/doença. Cinco grupos-resposta foram explorados: um grupo com transtornos mentais comuns - ponto de corte 6/7 no Self-Reporting Questionnaire 20 (SRQ-20) - e outros quatro correspondentes aos diferentes clusters encontrados através da técnica de clusterização por classe latente, também a partir do SRQ-20. Esses quatro clusters (baixo, médio-depressivo, médio-digestivo e alto) foram denominados com base nas pontuações médias do SRQ-20 em cada grupo e nos padrões de resposta das variáveis e características fatoriais. O cluster "baixo" compreendeu mulheres com menores escores no SRQ-20 e, portanto, com menor probabilidade de apresentarem TMC. Já o cluster "alto", com valores médios elevados no SRQ-20, esteve relacionado a maior morbidade psiquiátrica. Utilizou-se a técnica de regressão de Poisson, com comparação entre os achados dos diferentes grupos. RESULTADOS Foram identificadas 10 variáveis como fatores associados aos TMC. Idade, escolaridade, tabagismo, atividade física, percepção de saúde e número de consultas foram as variáveis comuns para as análises com ponto de corte assim como nas baseadas em clusters. Etilismo pesado esteve associado somente quando avaliada a amostra como ponto de corte. Já classe econômica, situação laboral e presença de doenças crônicas estiveram associadas somente quando analisada a amostra por clusters. No cluster "alto", houve associação significativa com classes econômicas mais baixas (D ou E), tabagismo, inatividade física, presença de doenças crônicas e percepção de saúde negativa. CONCLUSÕES Diferentes fatores associados foram identificados segundo os grupos-resposta considerados. Novos enfoques que possibilitem identificar subgrupos de indivíduos com características e fatores associados específicos poderiam contribuir para um entendimento mais apurado dos TMC, servindo de base para intervenções em saúde.