Profile of hospitalizations for neoplasms in the Brazilian Unified Health System: a time-series study
Perfil das internações por neoplasias no Sistema Único de Saúde: estudo de séries temporais

Rev. saúde pública (Online); 55 (), 2021
Publication year: 2021

ABSTRACT OBJECTIVE Describe the profile of hospitalizations for cancer diagnosis in Brazil from 2008 to 2018 at Unified Health System (SUS). METHODS Time series study of hospitalization rate for malignant neoplasms at SUS. Data were extracted from the Hospital Information System of DataSUS. The trend was estimated using generalized linear regression, applying the Prais-Winsten estimation procedure. RESULTS From 2008 to 2018, the hospitalization rate for malignant neoplasms showed an increasing trend at SUS, with an annual variation of 10.7% (p < 0.001; CI = 9.4-11.7). An increasing trend of hospitalizations in all regions of Brazil was observed, except in the Northern region, which remained unchanged. The Northeastern region presented the highest annual variation (13.5%; p < 0.001), whereas the Southern and Southeastern regions had the highest hospitalization rates per 100,000 inhabitants, resulting in 506 and 325 hospitalizations, respectively. We observed a significant increasing trend in hospitalizations of children aged 0 to 9 years (annual variation = 10.9%; p < 0.001); young people, 10 and 19 years (annual variation = 6.9%; p < 0.001); and older adults; over 60 years (annual variation = 7.9%; p < 0.001). Among women, hospitalizations occurred mainly due to malignant neoplasm of the breast (annual variation = 13.2%; p < 0.001); and among men, malignant neoplasm of the prostate (annual variation = 4.7%; p < 0.001). CONCLUSION Hospitalizations for malignant neoplasms showed an increasing trend, in line with the increased incidence of cancer, in particular, the most frequent neoplasms between men and women. Although the Northeastern region showed the highest variation in the period, the Southern and Southeastern regions had the highest hospitalization rates in the country. We also observed an increase in hospitalizations among the young (between 0 and 19 years old) and older adults (over 60 years) population. Hospitalizations for neoplasm of the cervix in women, although still the third cause of hospitalizations, showed decreasing behavior.
RESUMO OBJETIVO Descrever o perfil das internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por diagnóstico de câncer no Brasil no período de 2008 a 2018. MÉTODOS Estudo de séries temporais da taxa de internação por neoplasias malignas no SUS. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do DataSUS. A tendência foi estimada por regressão linear generalizada, aplicando o procedimento de Prais-Winsten. RESULTADOS No período de 2008 a 2018, a taxa de internação por neoplasias malignas apresentou tendência crescente no SUS, com variação anual de 10,7% (p < 0,001; IC = 9,4-11,7). Observou-se tendência crescente de internações em todas as regiões do Brasil, com exceção da região Norte, que apresentou comportamento estacionário. A região Nordeste foi a que apresentou maior variação anual (13,5%; p < 0,001), enquanto as regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de internação por 100 mil habitantes, 506 e 325 respectivamente. Observou-se tendência crescente significativa nas internações de crianças de 0 a 9 anos de idade (variação anual = 10,9%; p < 0,001), de jovens entre 10 e 19 anos (variação anual = 6,9%; p < 0,001) e de idosos acima de 60 anos (variação anual = 7,9%; p < 0,001). Entre as mulheres, as internações ocorreram majoritariamente por neoplasia maligna de mama (variação anual = 13,2%; p < 0,001), e entre os homens por neoplasia maligna de próstata (variação anual = 4,7%; p < 0,001). CONCLUSÃO As internações por neoplasias malignas mostraram tendência crescente, em consonância com o aumento da incidência de câncer, em particular das neoplasias mais incidentes entre homens e mulheres. Apesar da região Nordeste ter apresentado maior variação no período, as regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de internação do país. Observou-se também aumento das internações entre a população jovem (entre 0 e 19 anos) e mais idosa (acima de 60 anos). As internações por neoplasias de colo de útero nas mulheres, embora ainda sejam a terceira causa de internações, apresentaram comportamento decrescente.

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