Educação étnico-racial de crianças pequenas no “percurso território negro” de museus em Belo Horizonte
Education of young children in the “black territory route" of Belo Horizonte´s Museums
Licere (Online); 24 (4), 2021
Publication year: 2021
Este artigo problematiza o fenômeno lazer na contemporaneidade e a urgência de adotarmos outros paradigmas para a análise de suas manifestações. Ele apresenta uma pesquisa realizada com crianças da Educação Infantil em museus no sentido de educar para outras sensibilidades. O estudo objetivou analisar as narrativas de crianças de 5 anos sobre a situação do povo negro no Brasil em nossa sociedade, possibilitada por visitas em dois museus de Belo Horizonte. Desse modo, a articulação dos conceitos de lazer, infância, currículo, educação e linguagem museal, permitiu análises que caminharam na direção de uma educação étnico-racial dessas crianças. A pesquisa qualitativa adotou o estudo de caso e as estratégias de análise documental, entrevistas, observação participante. Percebeu-se uma leitura positivada sobre o povo negro pelas crianças e a constituição de outros imaginários oportunizada por práticas lúdicas fora do contexto escolar.
This paper discusses the phenomenon of leisure in contemporary times and the urgency of adopting other paradigms to analyze its manifestations. It presents a research carried out with children from kindergarten in museums in order to educate for other sensibilities. The study aimed to analyze the narratives made by 5-year-old children about the situation of the black people in our society, powered by visits to two museums in the city of Belo Horizonte. Thereby, the articulation of the concepts of childhood, curriculum, education and museum language allowed analyses that moved towards an ethno-racial education for these children. The qualitative research adopted the case study and document analysis strategies, interviews, participant observation. Thus, we see a positive reading about black people by the children and the constitution of other imaginaries made possible by playful practices outside the school context.