Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 20 (2), 2021
Publication year: 2021
Introduction:
the prevalence of cervical and anal human papillomavirus (HPV) infection in women infected with human immunodeficiency virus (HIV) is high. However, little is known about the differences in the susceptibility of these infections and related lesions. The aim of this study was to describe the association between the prevalence of cervical and anal HPV infection and HPV-related lesions in HIV-positive women. Methods:
this study included 88 HIV-positive women attending an outpatient clinic in a university hospital. Ectocervical, endocervical, and anal samples were collected for colpocytology and anal cytology. A polymerase chain reaction-based technique was used to detect HPV deoxyribonucleic acid in endocervical and anal swab samples. Results:
the cervical and anal HPV positivity rates were 35.21% and 78.8%, respectively. The presence of HPV-related lesions on colpocytology was associated with anal HPV positivity (P = 0.027). The ratio between cervical HPV infection and cervical HPV-related lesions was 2.5. The ratio between anal HPV infection and anal HPV-related lesions was 4.3. Overall, 30% had concomitant HPV DNA in the cervix and anus. Conclusion:
there are differences in the susceptibility of infections and related lesions between the cervix and anus. Despite a higher incidence of anal HPV, the progression to HPV-related lesion does not occur via the same manner in the cervix and anus. Moreover, cervical HPV-related lesions in HIV-positive women may serve as a cue for anal preventive strategies, and further investigations in these women may be useful.
Introdução:
as infecções cervicais e anais pelo papilomavírus humano (HPV) em mulheres infectadas com o vírus da imunodeficiência umana (HIV) são muito prevalentes. Entretanto, pouco se sabe sobre as diferenças na suscetibilidade entre essas infecções e as lesões
HPV-relacionadas. Objetivo:
descrever a associação entre as prevalências de infecção cervical e anal pelo HPV e lesões relacionadas em mulheres HIV-positivas. Metodologia:
este estudo incluiu 88 mulheres HIV-positivas atendidas em ambulatório de hospital universitário. Amostras ectocervicais, endocervicais e anais foram coletadas para colpocitologia e citologia anal. Uma técnica baseada na reação em cadeia da polimerase foi usada para detectar o ácido desoxirribonucléico (DNA) do HPV em amostras de swabs endocervical e anal. Resultado:
as taxas de positividade do HPV cervical e anal foram de 35,21% e 78,8%, respectivamente. As lesões relacionadas ao HPV na colpocitologia foram associadas à positividade anal para o HPV (P = 0,027). A proporção entre infecção cervical por HPV e lesões cervicais relacionadas foi de 2,5. A proporção entre a infecção anal por HPV e as lesões anais relacionadas foi de 4,3. 30% tinham DNA-HPV concomitante no colo do útero e ânus. Conclusão:
existem diferenças na suscetibilidade de infecções e de lesões
relacionadas entre o colo e o ânus. Apesar de maior incidência de HPV anal, a progressão para lesões relacionadas não ocorre da mesma forma no colo e no ânus. Além disso, lesões cervicais relacionadas ao HPV em mulheres HIV positivas podem servir como
pista para estratégias preventivas anais. Investigações adicionais podem ser úteis.