Rev. Bras. Cancerol. (Online); 67 (3), 2021
Publication year: 2021
Introdução:
Quando exposto à quimioterapia, o paciente onco-hematológico está suscetível a várias complicações físicas e respiratórias,
associadas aos efeitos colaterais dessas substâncias. Objetivo:
Avaliar o impacto de força muscular respiratória quando comparada com os
níveis de normalidade e sintomatologia de fadiga, durante recebimento do tratamento quimioterapêutico de pacientes onco-hematológicos.
Método:
Pesquisa observacional do tipo transversal, realizada por meio de questionário referente aos dados sociodemográficos e de
manovacuometria com dispositivo analógico. Resultados:
A pesquisa foi constituída por uma população composta de 19 pessoas, 57,9%
mulheres e 42,9% homens. A idade média foi de 51,3 anos. A predominância diagnóstica foi leucemia, seguida por linfoma e mieloma. Entre as queixas, a dispneia esteve presente em 31,6% dos casos, sendo a quimioterapia o protocolo escolhido para todos os participantes. Durante a avaliação, 52,6% relataram cansaço e, entre eles, 70% relataram sentir-se melhor quando em repouso, seguidos por 50% impedidos de realizar suas atividades diárias. Ex-fumantes representaram 70% da população pesquisada e 84,2% não praticavam atividades físicas. Na amostra, 62,4% apresentaram frequência respiratória normal, predominando o padrão respiratório apical e o tórax longilíneo. Foram
observados resultados significativos na diminuição de Pimáx e Pemáx, com valores estatisticamente conclusivos de p<0,001 nas duas variáveis. Conclusão:
O quadro da doença, os tratamentos utilizados e as internações a que essa população foi submetida provocaram a diminuição da força muscular respiratória e o aumento dos sintomas de fadiga.
Introduction:
When exposed to chemotherapy, the onco-hematological
patient is susceptible to several physical and respiratory complications,
associated with side effects of these substances. Objective:
Evaluate the
impact on respiratory muscle strength when compared to the levels of
normality and symptoms of fatigue of onco-hematological patients during
chemotherapy treatment. Method:
Observational cross-sectional study
performed trough a social demographic questionnaire and manovacuometry
with analogical device. Results:
The study population consisted of 19
subjects, 57.9% women and 42.9% men. The average age was 51.3 years
old. The predominant diagnoses were leukemia, followed by lymphoma
and myeloma. Among the complaints, dyspnea was present in 31.6% of
the cases, chemotherapy was the protocol of choice for all the participants.
During the evaluation, 52.6% reported tiredness, and among them, 70%,
claimed they feel better when at rest, followed by 50% precluded from
performing their daily activities. Ex-smokers represented 70% of the study
population and 84.2% did not practice physical activities. 62.4 % of the
sample presented normal respiratory frequency, with the apical breathing
pattern and predominant slender thorax. Significant results were observed
in decreasing MIP and MEP with statistically conclusive values of p<0.001
for the two variables. Conclusion:
The disease, the treatments and the
hospitalizations this population was submitted provoked the reduction
of the respiratory muscle strength and increase of the fatigue symptoms
Introducción:
Cuando se expone a quimioterapia, el paciente oncohematológico es susceptible a diversas complicaciones físicas y respiratorias,
asociadas a los efectos secundarios de estas sustancias. Objetivo:
Evaluar el
impacto de la fuerza de los músculos respiratorios en comparación con los
niveles de normalidad y síntomas de fatiga, mientras reciben tratamiento
de quimioterapia de pacientes oncohematológicos. Método:
Investigación
observacional transversal, realizada mediante un cuestionario referente a
datos sociodemográficos y realizando manovacuometría con dispositivo
analógico. Resultados:
La investigación consistió en una población
compuesta por 19 personas, 57,9% mujeres y 42,9% hombres. La edad
media fue de 51,3 años. El predominio diagnóstico fue la leucemia, seguida
del linfoma y el mieloma. Entre las quejas, la disnea estuvo presente en
el 31,6% de los casos, siendo la quimioterapia el protocolo elegido para
todos los participantes. Durante la evaluación, el 52,6% refirió cansancio
y, entre ellos, el 70% refirió sentirse mejor en reposo, seguido del 50%
incapaz de realizar sus actividades diarias. Los exfumadores representaron
el 70% de la población encuestada y el 84,2% no practicaba actividad
física. En la muestra, el 62,4% tenía frecuencia respiratoria normal, con
predominio de patrón respiratorio apical y tórax longilineal. Se observaron
resultados significativos en la disminución de Pimax y Pmax, con valores
estadísticamente concluyentes de p<0,001 en ambas variables. Conclusión:
Debido a la enfermedad, los tratamientos utilizados y las hospitalizaciones
a las que esta población fueron sometidos provocaron la disminución de la
fuerza de los músculos respiratorios y aumento de los síntomas de fatiga