Rev. Bras. Cancerol. (Online); 67 (3), 2021
Publication year: 2021
Introdução:
As universidades de enfermagem não têm acompanhado as demandas relativas às disciplinas de genética, genômica ou oncologia para aperfeiçoar o conhecimento dos acadêmicos no manejo do câncer de mama, que é o mais comum entre as mulheres brasileiras, exigindo maior eficácia das políticas de detecção precoce, tratamento oportuno e aconselhamento genético. Isso se deve em parte à não obrigatoriedade de oferecer essas disciplinas na grade curricular, o que pode levar a um déficit de conhecimento e possível
prejuízo da futura qualidade desses profissionais. Objetivo:
Analisar se o conhecimento dos acadêmicos de enfermagem sobre os conceitos
de genética e genômica aplicados ao câncer de mama está associado à grade curricular das instituições onde estudam. Método:
Estudo
multicêntrico, transversal, norteado pela ferramenta STROBE, realizado entre agosto/outubro de 2018. Resultados:
Acadêmicos de instituições públicas apresentaram correlação entre a ausência das disciplinas genética/genômica (p=0,0001) e pouco conhecimento dos respectivos conceitos (p=0,0045). Alternativamente, os de instituições privadas mostraram maiores erros em relação ao exame clínico de mama anual a partir dos 40 anos (p=0,0009) e à periodicidade do rastreio mamográfico na população sob risco geral (p=0,0021). Os dois grupos convergiram na recomendação da mamografia à população sob risco familiar entre 35-69 anos. Conclusão:
Os acadêmicos das
instituições de ensino superior privadas apresentaram maiores acertos sobre conceitos de genética/genômica, pois continham a disciplina
genética na grade curricular, enquanto os das instituições públicas se destacaram nos acertos relacionados ao câncer de mama sobre políticas
de saúde, em razão da maior vivência prática no estágio curricular
Introduction:
Nursing universities have not kept up with the demands
related to the disciplines of genetics, genomics, or oncology to improve
the knowledge of students in managing breast cancer, which is the most
common among Brazilian women, demanding greater effectiveness of
policies for early detection, timely treatment, and genetic counseling. This
is partly due to the fact that it is not mandatory to offer these subjects in the
curriculum, which can lead to a deficit of knowledge potentially harmful to
the future quality of these professionals. Objective:
To analyze whether the
knowledge of nursing students about the concepts of genetics and genomics
applied to breast cancer is associated with the curriculum of the institutions
where they study. Method:
Multicenter, cross-sectional study, guided by
the STROBE tool, carried out between August-October 2018. Results:
Students from public institutions showed correlation between the absence
of genetics/genomics disciplines (p=0.0001) and poor knowledge of the
respective concepts (p=0.0045). Alternatively, those from private institutions
showed more errors in relation to the annual clinical breast exam from the
age of 40 (p=0.0009) and the frequency of mammographic screening in
the population at general risk (p=0.0021). The two groups concurred in
recommending mammography to the population at risk between 35 and
69 years of age. Conclusion:
Students from private universities where
genetics is included in the disciplines were more cognizant about concepts
of genetics and genomics, while those from public institutions stood out
regarding correct responses on breast cancer related health policies because
of their internship practice
Introducción:
Las universidades de enfermería no se han mantenido al día con
las demandas relacionadas con las disciplinas de genética, genómica u oncología para mejorar el conocimiento de los académicos en el manejo del cáncer de mama, que es el más común entre las mujeres brasileñas, exigiendo una mayor efectividad de las políticas de detección precoz. tratamiento oportuno
y asesoramiento genético. Esto se debe en parte a que no es obligatorio
ofrecer estas asignaturas en el plan de estudios, lo que puede conllevar un
desconocimiento y posibles daños a la calidad futura de estos profesionales.
Objetivo:
Analizar si el conocimiento de los estudiantes de enfermería sobre los
conceptos de genética y genómica aplicados al cáncer de mama está asociado
al currículo de las instituciones donde cursan estudios. Método:
Estudio
multicéntrico, transversal, guiado por la herramienta STROBE, realizado entre
agosto y octubre de 2018. Resultados:
Los académicos de las instituciones
públicas mostraron una correlación entre la ausencia de disciplinas de genética/
genómica (p=0,0001) y el escaso conocimiento de los conceptos respectivos
(p=0,0045). Alternativamente, las de instituciones privadas mostraron mayores
errores en relación al examen clínico de mama anual a partir de los 40 años
(p=0,0009) y la frecuencia de cribado mamográfico en la población de riesgo
general (p=0,0021). Los dos grupos convergieron en la recomendación de la
mamografía a la población de riesgo entre los 35 y los 69 años. Conclusión:
Los académicos de las instituciones privadas de educación superior fueron más
correctos sobre los conceptos de genética y genómica, ya que incluyeron la
disciplina genética en el plan de estudios, mientras que los de las instituciones
públicas se destacaron en las respuestas correctas relacionadas con el cáncer
de mama en las políticas de salud, debido a la mayor experiencia práctica en
la pasantía curricular