Medicina (Ribeirão Preto); 54 (1), 2021
Publication year: 2021
RESUMO:
Modelo do estudo: Revisão sistemática. Objetivo:
Avaliar se é facultativo ou imprescindível o uso de malha cirúrgica no reparo das pequenas hérnias umbilicais primárias, com orifício menor que 2 cm, a fim de oferecer melhores evidências aos cirurgiões e, assim, aprimorar o método cirúrgico e o seu desfecho. Métodos:
Trata-se de uma revisão da literatura, cuja busca foi direcionada aos artigos que abordassem o manejo operatório das hérnias abdominais, sobretudo das hérnias umbilicais de pequeno tamanho. A pesquisa foi realizada nas bases de dados primárias PubMed, LILACS, Cochrane Library e Periódicos CAPES. Resultados:
No total, foram incluídos quatro es-tudos. Foram avaliadas as taxas de recorrência, bem como as de complicações pós-operatórias após a correção da hérnia umbilical com e sem o uso de tela, observando-se o tamanho do defeito abdominal. Foi observada diminuição da recorrência das hérnias após o reparo com tela. No entanto, complicações, como infecção da ferida operatória, foram mais comumente observadas com o uso da prótese. Não houve consenso quanto ao uso da tela em hérnias menores que 1 cm. Conclusão:
O uso de próteses pode vir a ser o tratamento de escolha no reparo das hérnias umbilicais primárias. Contudo, mais estudos são necessários para avaliar o papel dessa estratégia no manejo das hérnias menores que 1 cm (AU)
ABSTRACT:
Study design: Systematic review. Objective:
Evaluate whether surgical mesh is optional or essential for the repair small primary umbilical hernias, with an orifice smaller than 2 cm, in order to provide better evidence for surgeons, thus enhancing surgical method and its outcomes. Methods:
This is a literature review, whose search was directed towards papers that depicted surgical management of abdominal hernias, especially small umbilical hernias. The research was carried out in the primary the primary databases PubMed, LILACS, Cochrane Library, and Periódicos CAPES. Results:
A total of four studies were included. Recurrence rates, as well as postoperative complications, were assessed after an umbilical hernia was corrected with or without the use of a mesh, observing the size of the abdominal defect. A reduction in the re-occurrence of hernias was observed when using a mesh. However, complications, such as surgical site infection, were more commonly noticed with the use of the prosthe-sis. There was no consensus regarding the use of the mesh in hernias smaller than 1 cm. Conclusion:
The use of surgical mesh may prove to be the treatment of choice for the repair of primary umbilical hernias. However, more studies are needed to evaluate the role of this strategy in the management of hernias smaller than 1 cm. (AU)