Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 20 (1), 2021
Publication year: 2021
Introdução:
o câncer de cabeça e pescoço (CCP) ocupa o 5º lugar entre as neoplasias mais prevalentes no Brasil. Por acometer regiões que estão relacionadas diretamente à alimentação, os efeitos secundários ao tratamento provoca diminuição da ingesta alimentar,
que favorece perda de peso acelerada e desnutrição. A terapia nutricional (TN) contribui para a minimização desses efeitos, pois visa à manutenção ou recuperação do estado nutricional. Objetivo:
avaliar o impacto da TN em pacientes com CCP com desnutrição,
e na minimização dos efeitos colaterais advindos do tratamento antineoplásico. Metodologia:
trata-se uma revisão sistemática, utilizando-se as bases de dados eletrônicas Lilacs, Medline, Pubmed, periódicos CAPES e Scielo, através dos descritores: “nutritional
therapy”, “head and neck neoplasms” e “malnutrition”. Os critérios de inclusão estabelecidos foram ensaios clínicos randomizados, escritos em inglês e publicados entre os anos de 2013 e 2018; participantes dos estudos deveriam apresentar idade superior a 19
anos e submetidos a qualquer tipo e fase de tratamento oncológico. Resultados:
observou-se um total de 755 indivíduos com CCP que participaram dos seis ensaios clínicos selecionados. Os estudos avaliaram o impacto nutricional no uso de suplementos alimentares e na eficácia da terapia enteral. Destes, apenas quatro constataram diferença em relação a intervenção nutricional (p<0,05) e dois não relataram resultados significativos (p>0,05). O acompanhamento nutricional mostra-se necessário para reduzir os riscos de piora do estado nutricional e da qualidade de vida. Conclusão:
a TN oral ou enteral podem ser implementadas, para garantir a melhora da condição nutricional e de saúde do paciente com CCP.
Introduction:
head and neck cancer (HNC) ranks 5th among the most prevalent cancers in Brazil. By affecting regions that are directly related to food, the side effects of treatment may cause decreased food intak with weight loss and malnutrition. Nutritional therapy
(NT) contributes to minimization this, as it aims to maintain or recover nutritional status. Aim:
evaluate the impact of nutritional therapy in patients with HNC with malnutrition, and minimizing side effects from antineoplastic treatment. Methodology – A systematic
review was carried out using Lilacs, Medline, Pubmed, periodicals CAPES and Scielo, through the descriptors: “nutritional therapy”, “head and neck neoplasms” and “malnutrition”. The inclusion criteria were randomized clinical trials, in English and published between
2013 and 2018. Participants in the studies should be over the age of 19 years, submitted to any type and stage of cancer treatment. Results:
a total of 755 individuals with CCP who participated in the six selected clinical trials were observed. The studies evaluated
the nutritional impact of dietary supplement use and the efficacy of enteral therapy. Of these, only four found a difference in relation to nutritional intervention (p <0.05) and two did not report significant results (p> 0.05). Depending on staging of the disease, only
nutritional counseling is not enough to prevent weight loss. Nutritional monitoring is necessary to reduce the risks of worsening nutritional status and quality of life. Conclusions:
oral or enteral NT can be implemented to ensure the improvement of the nutritional
and health condition of the patient with CCP.