Influência do diabetes mellitus na qualidade de vida de indivíduos com migrânea vestibular
Influence of diabetes mellitus on the quality of life of individuals with vestibular migraine

Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 19 (4), 2020
Publication year: 2020

Introdução:

qualidade de vida refere-se à percepção de um indivíduo sobre o seu estado físico, emocional e social. No âmbito físico, pode ser impactada negativamente por condições como migrânea vestibular e diabetes mellitus (DM).

Objetivo:

descrever a qualidade de vida em pacientes com migrânea vestibular, com e sem DM.

Metodologia:

trata-se de um estudo transversal, descritivo, retrospectivo e secundário, realizado com pacientes com migrânea vestibular, atendidos em uma clínica-escola de Salvador-BA. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos, incluindo o autorrelato de DM. A qualidade de vida foi avaliada por meio do Dizziness Handicap Inventory (DHI), cuja pontuação foi classificada, quanto ao grau de incapacidade, em “leve” (0 a 30 pontos); “moderado” (31 a 60 pontos) e “severo” (61 a 100 pontos). Foram realizados procedimentos estatísticos descritivos por frequência simples e absoluta, medidas de tendência central e dispersão.

Resultados:

a amostra foi composta por 41 indivíduos, dotados das seguintes características: a idade média foi 42,46 anos (DP = 13,83), predominância do sexo feminino (87,80%), com diabetes (51,21%), com ansiedade (58,54%) e sem depressão (90,24%). A pontuação média do DHI foi de 47,26 pontos (DP = 21,81), classificada como impacto moderado, sendo maior entre os não diabéticos, porém a ansiedade predominou entre os não diabéticos (60%).

Conclusões:

acientes com migrânea vestibular apresentaram prejuízo de grau moderado na qualidade de vida, e a presença de diabetes não ocasionou um pior impacto nesse parâmetro. Além disso, a presença de ansiedade foi mais prevalente entre os não diabéticos e pode ter refletido na pior pontuação no DHI observada nesse grupo.

Introduction:

quality of life refers to an individual’s perception of their physical, emotional, and social status, and it can be affected by conditions such as vestibular migraine and diabetes mellitus (DM).

Objective:

to describe the quality of life of patients with vestibular migraine, with and without DM.

Methodology:

this cross-sectional, descriptive, retrospective study conducted a secondary analysis of data collected from patients with vestibular migraine treated at a school clinic in Salvador-BA. Sociodemographic and clinical data were collected, including self-reported DM. Quality of life was assessed using the Dizziness Handicap Inventory (DHI), with scores used to classify the degree of impact of the disability as “mild” (0 to 30 points); “moderate” (31 to 60 points) and “severe” (61–100 points). Descriptive statistics were computed using simple and absolute frequency, or measures of central tendency and dispersion.

Results:

the sample consisted of 41 individuals, with a mean age of 42.46 years (SD = 13.83 years), who were predominantly female (87.80%), with diabetes (51.21%) and anxiety (58.54%), and without depression (90.24%). The mean DHI score was 47.26 (SD = 21.81), classified as moderate impact, and it was higher among non-diabetics. Anxiety was more prevalent among non-diabetics (60.00%).

Conclusions:

patients with vestibular migraine showed moderate loss of quality of life, and the presence of diabetes did not reflect a worse impact on this parameter. Anxiety was more prevalent among non-diabetics, which may explain why this group had the worst DHI score.

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