Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 19 (4), 2020
Publication year: 2020
Objetivo:
descrever o acompanhamento audiológico de uma criança com exame sorológico positivo para sífilis. Caso Clínico:
E.G.M.L, com sorologia positiva para sífilis, com dois dias de vida, obteve resultado “falha” na Triagem Auditiva Neonatal, com Emissões
Otoacústicas Evocadas Transientes. Encaminada para o ambulatório da Clínica Escola de Fonoaudiologia, da Universidade Estadual da Bahia, retornou com quatro meses, quando realizou reteste das Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes, que permaneceram
ausentes; também se submeteu à imitanciometria, onde foram obtidas curvas timpanométricas “pico único”. A avaliação da condução nervosa com Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico do Tronco Encefálico mostrou-se normal na orelha esquerda, com limiares eletrofisiológicos presentes até a intensidade de 50 dB. Porém, houve despertar do sono e não foi possível avaliar a orelha direita. Em nova reavaliação, aos oito meses, a condução nervosa pelo mesmo processo apresentou normalidade na orelha direita. As condições nutricionais de E.G.M.L. eram então críticas, com desnutrição acentuada. O atendimento no âmbito audiológico foi temporariamente suspenso e houve encaminhamento para o setor de fisioterapia e nutrição da Universidade do Estado da Bahia. Discussão:
o levantamento de questões audiológicas, em grupos de risco para alterações auditivas, visa à reabilitação e à garantia das condições ideais de comunicação. Neonatos com detecção precoce de alterações auditivas são candidatos ideais à amplificação e reabilitação. Conclusão:
crianças com risco para sífilis congênita precisam ser avaliadas na Triagem Auditiva e acompanhadas no seguimento. Entretanto, algumas vezes torna-se difícil conscientizar a família. Essa continuidade é importante para assegurar a integridade dos sentidos e, no caso da audição, para favorecer o desenvolvimento adequado da criança.
Objective:
to describe the audiologic follow-up of a child testing positive in the serological test for syphilis. Case:
E.G.M.L. has positive syphilis serology and within two days of life presented a Newborn Hearing Screening result considered fail and Transient-evoked
Otoacoustic Emissions (TEOAE). She was referred to the outpatient clinic of the Clinical School of Speech-Language Therapy of State University of Bahia (UNEB) to where she returned after four months to submit to a retest of TEOAE which remained absent and an
immittance test that presented a single-peaked tympanometric shape. The evaluation of nerve conduction related to Auditory Brainstem Response (ABR) was normal in the left ear presenting thresholds up to 50 dB. However, as she awakened, it was not possible to assess
the right ear. However, in a new reassessment, which only occurred when she was at eight months of age, the nerve conduction related to ABR was normal in the right ear. The nutritional status of E.G.M.L at eight months of age was critical, she was severely
undernourished. The hearing care service was temporarily suspended, then she was referred to the UNEB physiotherapy and nutrition sector. Discussion:
the purpose of the survey on audiological issues among infectious risk groups is to make an early diagnosis of hearing disorders in order to promote rehabilitation and improve communication functions. Neonates with hearing loss at such a young age are the best candidates for amplification and rehabilitation. Conclusion:
Children at risk for congenital syphilis need to be evaluated
in terms of Hearing Screening and to be monitored, even though it sometimes becomes difficult to convince the family about that. It is important to keep this process in order to assure the integrity of the senses, especially in terms of the audiologic system, and to
promote the adequate development of the child.