Analysis of financial resources for public health in Brazilian capitals: a time trend ecological study
Análise de recursos financeiros para saúde pública nas capitais brasileiras: um estudo ecológico de tendências temporais
Análisis de recursos financieros para la salud pública en capitales brasileñas: un estudio ecológico de tendencia temporal

Cad. Saúde Pública (Online); 38 (1), 2022
Publication year: 2022

This study aimed to analyze part of the financial resources used to fund public health actions in the 26-Brazilian capitals, from 2008 to 2018. This is a time-trend ecological study involving revenue and expenditure indicators provided by the Information System on Public Budget for Health (SIOPS). The values were deflated based on the Extended National Consumer Price Index of 2018 in Brazil to allow the comparison over the years. The mean annual variation of health investments, in Brazilian Reais (BRL) was assessed using linear regressions. Pearson's correlation coefficients were estimated between federal revenues and expenditures with the capitals' resources. All capitals presented statistically significant positive correlations for the origin of the budget resource invested in health. The lowest coefficient was found in the capital city of Macapá (Amapá State) (r = 0.860) and the highest, in Fortaleza (Ceará State) (r = 0.997). Belo Horizonte (Minas Gerais State) was the capital with the highest annual increase in federal transfers (about BRL 67.91 per year) and Teresina (Piauí State) presented the highest annual increase in health expenditures among the capitals (about BRL 55.42 per year). We found a increase in the transfers of the Brazilian Unified National Health System (SUS) and municipal resources in almost all capitals, but there are still inequalities in the distribution of financial resources among Brazilian capitals from different regions. Health funding is affected by the municipalization of SUS and it is not the single factor affecting the access and quality of health services.
O estudo teve como objetivo analisar parte dos recursos utilizados para financiar ações de saúde pública nas 26 capitais brasileiras entre 2008 e 2018. O estudo ecológico de tendências temporais envolveu indicadores de receitas e gastos fornecidos pelo Sistema de Informação sobre Orçamento Público em Saúde (SIOPS). Os valores foram deflacionados com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo de 2018 no Brasil para permitir a comparação ao longo dos anos. A variação anual média dos investimentos em saúde, em Reais (BRL), foi avaliada com o uso de regressões lineares. Os coeficientes de correlação de Pearson foram estimados entre as receitas e gastos federais com os recursos das capitais. Todas as capitais apresentaram correlações estatisticamente positivas com a origem do recurso orçamentário investido em saúde. O menor coeficiente foi encontrado na cidade de Macapá (Amapá) (r = 0,860), e o mais alto em Fortaleza (Ceará) (r = 0.997). Belo Horizonte (Minas Gerais) foi a capital com o maior aumento anual em transferências federais (cerca de BRL 67,91 por ano) e Teresina (Piauí) apresentou o maior aumento anual nos gastos em saúde (cerca de BRL 55,42 por ano). Houve um aumento real nas transferências no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos recursos municipais em quase todas as capitais, mas ainda persistem desigualdades na distribuição dos recursos financeiros entre as capitais brasileiras das cinco regiões. O financiamento da saúde é afetado pela municipalização do SUS, e não é o único fator que afeta o acesso e a qualidade dos serviços de saúde.
El objetivo fue analizar la parte de recursos financieros utilizados para financiar acciones de salud públicas en 26 capitales brasileñas, entre 2008 y 2018. Se trata de un estudio ecológico de tendencia temporal, implicando indicadores de ingresos y gastos proporcionados por el Sistema de Información sobre el Presupuesto Público para Salud (SIOPS). Se deflactaron los valores basados en el Índice de Precios al Consumidor, ampliado de 2018 en Brasil, para permitir la comparación a lo largo de los años. La variación anual media de inversiones en salud, en Reales brasileños (BRL), fue evaluada usando regresiones lineales. Se estimaron los coeficientes de correlación de Pearson entre los ingresos y gastos federales, respecto a los recursos de las capitales. Todas las capitales presentaron estadísticamente correlaciones positivas significativas respecto a la fuente presupuestaria originaria invertida en salud. El coeficiente más bajo se encontró en la capital de Macapá (Amapá) (r = 0.860) y el más alto en Fortaleza (Ceará) (r = 0.997). Belo Horizonte (Minas Gerais) fue la capital con el incremento anual más alto en transferencias federales (cerca de BRL 67.91 por año) y Teresina (Piauí) presentó el incremento anual más alto en gastos de salud entre todas las capitales (sobre BRL 55.42 por año). Hubo un incremento real de transferencias en el Sistema Único de Salud brasileño (SUS), así como recursos municipales en casi todas las capitales, pero existen todavía inequidades en la distribución de recursos financieros entre las capitales brasileñas de diferentes regiones. La financiación de la salud está afectada por la municipalización del SUS, y no es el único factor que afecta al acceso y calidad de los servicios de salud.

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