Cad. Saúde Pública (Online); 38 (1), 2022
Publication year: 2022
Abstract:
We aimed to verify the association between different socioeconomic indicators and self-rated health in a nationally representative sample of older adults. This cross-sectional study analyzed the baseline data from the Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil), a population-based cohort study of persons aged 50 years or older. Data was collected using a household and an individual questionnaire at participants' households. Self-rated health was assessed by a global self-rating item. Three socioeconomic indicators were assessed:
individual income, per capita household income, and wealth index. Poisson regression models were performed to estimate the prevalence ratio (PR) and 95% confidence intervals (95%CI) of self-rated health and each socioeconomic indicator, adjusting for covariates. In total, 9,390 older adults answered the outcome question. Whilst for the individual income indicator only the richest quintile showed a statistically significant association with the outcome (PR: 0.90; 95%CI: 0.87; 0.93), for the per capita household income, the fourth (PR: 0.95; 95%CI: 0.91; 0.98) and the fifth quintiles (PR: 0.90; 95%CI: 0.86; 0.94) remained associated with the outcome. Regarding the wealth index, only the second quintile was not associated with the outcome, with lower prevalence of poor self-rated health as richer was the quintile, showing a social gradient. The wealth index seems to be a more adequate indicator, as it reflects resources accumulated over the life course.
Resumo:
O estudo buscou verificar a associação entre diferentes indicadores socioeconômicos e autoavaliação da saúde em uma amostra nacionalmente representativa de adultos mais velhos. Este estudo transversal analisou os dados da linha de base do Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), um estudo de coorte de base populacional em indivíduos com 50 anos ou mais. Os dados foram coletados através de um questionário domiciliar e individual no domicílio dos participantes. A autoavaliação da saúde foi avaliada com um item de autoavaliação global. Três indicadores socioeconômicos foram avaliados:
renda individual, renda domiciliar per capita e índice de riqueza. Foram construídos modelos de regressão Poisson para estimar a razão de prevalência (RP) e os intervalos de 95% de confiança (IC95%) para autoavaliação da saúde e cada indicador socioeconômico, ajustando para variáveis de confusão. No total, 9.390 idosos responderam à pergunta referente a autoavaliação de saúde geral. Para o indicador de renda individual, apenas o quintil mais rico mostrou uma associação significativa com o desfecho (RP: 0,90; IC95%: 0,87; 0,93); enquanto isso, para a renda domiciliar per capita, o quarto (RP: 0,95; IC95%: 0,91; 0,98) e quinto quintis (RP: 0,90; IC95%: 0,86; 0,94) permaneceram associados com o desfecho. Com relação ao índice de riqueza, apenas o segundo quintil não esteve associado com o desfecho. As menores prevalências de autoavaliação ruim da saúde foram associadas aos quintis mais altos de riqueza, revelando um gradiente social. O índice de riqueza parece ser um indicador mais adequado para uso, na medida em que reflete os recursos acumulados ao longo da vida.
Resumen:
Nuestro objetivo fue verificar la asociación entre diferentes indicadores socioeconómicos y de salud autoevaluada en una muestra representativa nacional de adultos mayores. Este estudio transversal analizó los datos de referencia del Estudio Longitudinal de Salud de los Ancianos (ELSI-Brasil), un estudio de cohorte basado en población con individuos de 50 años o más. Los datos fueron recogidos usando un cuestionario por domicilio e individual entre los hogares participantes. La salud autoevaluada se evaluó mediante un ítem de autoevaluación global. Se evaluaron tres indicadores socioeconómicos:
ingresos individuales, ingresos per cápita por hogar e índice de riqueza. Se realizaron modelos de regresión de Poisson para estimar la ratio de prevalencia (RP) y los intervalos de 95% de confianza (IC95%) de salud autoevaluada y cada indicador socioeconómico, ajustándolos mediante variables de confusión. En total, 9.390 personas mayores respondieron la pregunta sobre la autoevaluación de la salud general. Mientras que para el indicador de ingresos individuales solamente el quintil más rico mostró una asociación estadísticamente significativa con el resultado (RP: 0.90; IC95%: 0.87; 0.93), en los ingresos per cápita por hogar, los quintiles cuarto (RP: 0.95; IC95%: 0.91; 0.98) y quinto (RP: 0.90; 95%CI: 0.86; 0.94) continuaron asociados con el resultado. Respecto al índice de riqueza, solo el segundo quintil no estuvo asociado con el resultado, con prevalencia más baja de salud autoevaluada peor percibida cuanto más rico era el quintil, mostrando un gradiente social. El índice de riqueza parece ser un indicador más adecuado respecto a su uso, puesto que refleja fuentes acumuladas a lo largo del curso de la vida.