Human parasitism by the exotic tick Dermacentor variabilis (Parasitiformes: Ixodida) in Brazil: report of an imported case
Parasitismo humano pelo carrapato exótico Dermacentor variabilis (Parasitiformes: Ixodida) no Brasil: relato de um caso importado
Rev. bras. parasitol. vet; 31 (1), 2022
Publication year: 2022
Abstract In June 2012, a tick was found parasitizing a man in the city of São Paulo, who had recently returned from a visit to Pennsylvania, in the northeast of the United States. The tick was removed and sent to the São Paulo State Department of Health, where it was identified as a male of the species Dermacentor variabilis (Say, 1821), according to the literature and taxonomic keys. The tick was subjected to a PCR test to search for rickettsiae, but the result was negative. The fact that a human entered Brazilian territory unaware that he was parasitized by a hard tick not belonging to the national tick fauna is significant because of the possibility that an exotic species could be introduced and take hold in this country. Another major risk to public health is that this arthropod could be infected with the bacterium Rickettsia rickettsii, as this ectoparasite is the main vector of Spotted Fever on the East Coast of North America.
Resumo Em junho de 2012, foi enviado ao serviço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo um carrapato que foi encontrado em parasitismo sobre um homem adulto na cidade de São Paulo, que havia chegado recentemente de uma viagem de turismo aos Estados Unidos, onde visitou o estado da Pensilvânia, situado na região Nordeste Americana. O carrapato foi identificado como um macho da espécie Dermacentor variabilis, (Say, 1821), de acordo com a literatura e chaves taxonômicas, sendo submetido ao teste da PCR para pesquisa de riquétsias, porém o resultado foi negativo. O fato de um ser humano ter cruzado a fronteira do Brasil, parasitado, sem o seu prévio conhecimento, por um carrapato duro, não pertencente à ixodofauna nacional, é de grande importância pela chance de introdução e estabelecimento no território brasileiro de uma espécie exótica. Outro grande risco para a saúde pública é que esse artrópode poderia estar infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii, pois esse ectoparasito é o principal vetor da Febre Maculosa na costa Leste Norte Americana.