Rev. Cient. Esc. Estadual Saúde Pública de Goiás Cândido Santiago; 7 (), 2021
Publication year: 2021
Objetivo:
Comparar a utilização de anti-hipertensivos à noite versus pela manhã, na ocorrência de desfechos cardiovasculares fatais ou não fatais. Métodos:
Realizou-se uma revisão sistemática com as plataformas PUBMED / MEDLINE e EMBASE, sem restrições de data ou idioma. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados com indivíduos adultos hipertensos que avaliaram o uso de anti-hipertensivos à noite versus pela manhã com desfecho primário de mortalidade e morbidade cardiovascular. A análise do risco de viés dos estudos seguiu as recomendações da colaboração Cochrane. Resultados:
Foram encontrados 1219 artigos, sendo apenas 03 estudos incluídos após critérios de elegibilidade. O estudo CONVINCE não mostrou benefício cardiovascular com essa prática. Os estudos MAPEC e Hygia mostraram redução do desfecho primário em 61% e 45%, respectivamente. Considerações finais:
Devido a inconsistências na validade interna e externa dos estudos, o benefício do uso de anti-hipertensivos à noite versus pela manhã até o momento é incerto, sendo necessários novos trabalhos para confirmar ou refutar essa prática
Objective:
Comparison of the use of antihypertensive drugs at bedtime versus in the morning in the occurrence of fatal or non-fatal cardiovascular outcomes. Methods:
We conducted a systematic review using the PUBMED / MEDLINE and EMBASE platforms without data or language restrictions. Only randomized clinical trials that evaluated the use of antihypertensive drugs at bedtime compared to the morning were included. The required primary outcome of the clinical trials was to assess cardiovascular morbidity and mortality. A risk-of-bias analysis of tue studies followed the recommendations of the Cochrane Collaboration. Results:
1219 articles were found, with only 03 studies included after eligibility criteria. The CONVINCE study showed no cardiovascular benefit with this practice. The MAPEC and Hygia studies reduced the primary outcome by 61% and 45%, respectively. Final considerations:
due to inconsistencies in the internal and external validity of the studies, the benefit of antihypertensive drugs at bedtime versus the morning is uncertain so far, and further clinical trials are needed to confirm or refute this practice