Rev. Bras. Cancerol. (Online); 67 (4), 2021
Publication year: 2021
Introdução:
A ausência de informações a respeito dos medicamentos utilizados pelos pacientes pode causar erros de medicações. Assim,
a comunicação entre profissionais de saúde, pacientes e familiares é primordial para a segurança do paciente nos diferentes níveis de
atenção à saúde. Os farmacêuticos clínicos podem realizar a conciliação de medicamentos e atuar em colaboração com outros profissionais,
objetivando otimizar a farmacoterapia e melhorar a segurança do paciente. As pessoas sob Cuidados Paliativos costumam fazer uso de
polifarmácia e, quando não acompanhadas pelos profissionais de saúde, estão susceptíveis a potenciais discrepâncias não intencionais
causadas por comunicação inadequada. Objetivo:
Analisar o perfil das conciliações medicamentosas em pacientes que estão sob Cuidados
Paliativos Oncológicos. Método:
Estudo transversal, analítico e descritivo. Foram analisadas todas as visitas de conciliações realizadas na
admissão dos pacientes, na unidade IV do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (HCIV/INCA), no período de junho
a novembro de 2018. Resultados:
Realizaram-se 194 visitas, nas quais foram identificadas 1.770 discrepâncias (78,2%), sendo 93,8%
intencionais, 0,7% intencionais documentadas e 5,4% não intencionais. Todas as prescrições apresentaram pelo menos uma discrepância
e 34,6% foram totalmente modificadas pelo prescritor no ato da admissão. Foram realizadas 112 intervenções farmacêuticas relacionadas
à conciliação medicamentosa. Conclusão:
As principais discrepâncias encontradas, inclusão de medicamentos e ajustes de dose ressaltam
a importância da presença de farmacêuticos clínicos no momento da admissão do paciente, em que foi possível ajustar a farmacoterapia,
em conjunto com corpo clínico, contribuindo para a melhoria do perfil de prescrição
Introduction:
The lack of information about the medications used by the
patient can cause medication errors, so communication between health
professionals, patients and family members is paramount for patient safety
at different levels of attention to health. Clinical pharmacists can perform
drug reconciliation and work in collaboration with other professionals to
optimize pharmacotherapy and improve the patient’s safety. Patients in
Palliative Care tend to use polypharmacy, and when not accompanied by
health professionals are susceptible to potential unintentional discrepancies
caused by poor communication. Objective:
To analyze the characteristics
of the profile of drug reconciliations in patients who are under Oncologic
Palliative Care. Method:
Cross-sectional, analytical, and descriptive study.
All the reconciliation visits performed at the admission of the patients were
analyzed in the hospitalization unit of the National Cancer Institute José
Alencar Gomes da Silva (HCIV/INCA), from June to November 2018.
Results:
A total of 194 visits were conducted, where 1,770 discrepancies
(78.2%) were found, 93.8% intentional, 0.7% intentional documented and
5.4% unintentional. All the prescriptions presented at least one discrepancy
and 34.5% were totally modified by the prescriber on admission. There
were 112 pharmaceutical interventions related to medication reconciliation.
Conclusion:
The main discrepancies found, inclusion of drugs and
dose adjustments, highlights the importance of the presence of clinical
pharmacists at the time of the patient’s admission, when it was possible to
adjust pharmacotherapy, together with the clinical staff and contributing
to the improvement of the prescription profile
Introducción:
La falta de información sobre los medicamentos utilizados
por el paciente puede generar errores de medicación, por lo que la
comunicación entre los profesionales de la salud, los pacientes y los familiares
es fundamental para la seguridad del paciente en los diferentes niveles de
atención. Los farmacéuticos clínicos pueden realizar la conciliación de
fármacos y trabajar en colaboración con otros profesionales para optimizar
la farmacoterapia y mejorar la seguridad del paciente. Las personas que
reciben Cuidados Paliativos suelen utilizar la polifarmacia y, cuando
no están acompañadas de profesionales de la salud, son susceptibles a
posibles discrepancias no intencionadas provocadas por una comunicación
inadecuada. Objetivo:
Analizar el perfil de las conciliaciones de fármacos en
pacientes que se encuentran en Cuidados Oncológicos Paliativos. Método:
Estudio transversal, analítico y descriptivo. Se analizaron todas las visitas de
conciliación realizadas al ingreso de pacientes en la unidad de internación
del Instituto Nacional del Cáncer José Alencar Gomes da Silva (HCIV/
INCA), de junio a noviembre de 2018. Resultados:
Se realizaron 194
visitas, durante las cuales Se identificaron 1.770 discrepancias (78,2%), de
las cuales 93,8% fueron intencionales, 0,7% fueron documentadas y 5,4%
fueron no intencionales. Todas las prescripciones mostraron al menos una
discrepancia y el 34,5% se modificó por completo por el prescriptor al
ingreso. Se realizaron 112 intervenciones farmacéuticas relacionadas con
la conciliación de fármacos. Conclusión:
Las principales discrepancias
encontradas, inclusión de medicamentos y ajustes de dosis, resaltan la
importancia de la presencia de farmacéuticos clínicos en el momento del
ingreso del paciente, donde fue posible ajustar la farmacoterapia, junto con
el personal clínico y contribuyendo a la mejora clínica de la prescripción