Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 19 (1), 2020
Publication year: 2020
Introdução:
a fissura orofacial pode ser definida como uma falta de fusão de determinadas estruturas da face, durante o desenvolvimento embrionário, sendo descritas como um dos defeitos de nascimento mais comuns encontrados nas populações
do mundo. Sua etiologia é multifatorial, envolvendo alterações genéticas e fatores ambientais de risco no primeiro trimestre da gestação. Objetivos:
analisar o conhecimento dos cirurgiões-dentistas sobre as fissuras e o perfil da assistência bucal prestada na
atenção primária em saúde para a ocorrência de fissuras orofaciais. Metodologia:
estudo descritivo censitário, aplicado por meio de um questionário, que envolveu 70 cirurgiões-dentistas que atuam na atenção primária de uma cidade do interior da Bahia, Brasil,
e investigou a experiência clínica e profissional, conhecimentos básicos sobre fissuras, experiência no atendimento aos portadores de necessidades especiais com ênfase nos portadores de fissuras e o perfil da assistência à saúde bucal prestada a esses indivíduos
no município. Resultados:
o estudo mostrou que 50% dos participantes (n=35) possuíam pós-graduação, que 81,5% (n=57) tem mais de 05 anos de formados e que 60% (n=42) tem pelo menos 10 anos de serviço público. Observou-se reduzido conhecimento
específico sobre o tema e desinformação sobre a existência de centros multidisciplinares para atendimento especializado desse público no país e no estado. Conclusões:
observou-se reduzido conhecimento sobre as FO entre os CD, principalmente no tocante
a orientação quanto à prevenção e aos cuidados bucais necessários com o portador, além da desinformação quanto à existência de instituições multidisciplinares que prestam assistência especializada de média e alta complexidade. Dessa forma, sugere-se a
necessidade de adequar o serviço de saúde para facilitar e garantir o acesso desses portadores ao atendimento integral, além de contribuir para a prevenção de novos casos.
Introduction:
the orofacial fissure can be defined as a lack of fusion of certain structures of the face, during embryonic development, being described as one of the most common birth defects found in the populations of the world. Its etiology is multifactorial, involving
genetic changes and environmental risk factors in the first trimester of pregnancy. Objectives:
to analyze the knowledge of dentists about clefts and the profile of oral care provided in primary health care for the occurrence of orofacial clefts. Methodology:
a
descriptive census study, applied through a questionnaire, involving 70 dentists who work in primary care in a city in the interior of Bahia, Brazil, and investigated the clinical and professional experience, basic knowledge about cracks, experience in assisting
people with special needs with an emphasis on patients with clefts and the profile of oral health care provided to these individuals in the municipality. Results:
the study showed that 50% (n = 35) had postgraduate degrees, that 81.5% (n = 57) graduated and
that 60% (n = 42) had at least 10 years of public service. There was little specific knowledge on the subject and lack of information on the existence of multidisciplinary centers for specialized care of this public in the country and in the state. Conclusions:
it was
observed that knowledge about FO was reduced among the DC, especially with regard to guidance on prevention and the necessary oral care for the patient, in addition to the lack of information regarding the existence of multidisciplinary institutions that provide
specialized assistance of medium and high complexity. Thus, it is suggested the need to adapt the health service to facilitate and guarantee the access of these patients to comprehensive care, in addition to contributing to the prevention of new cases.