Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 19 (1), 2020
Publication year: 2020
Objective:
to verify the frequency of cellular alterations of the female genital tract of women assisted by a public clinical laboratory in Teresina – Piaui in 2016, as well as to evaluate the relation between patients’ education levels and the frequency of atypia found.
Methodology:
data from the 9040 forms of cervical-vaginal oncocytology (SUS standard) from the 2016 year were collected. Results:
9040 reports were analyzed, among which 8,095 (89.55%) had negative and 945 (10.45%) were positive to oncologic abnormalities. It
was identified squamous cells of indeterminate significance with 5.84%, low-grade intraepithelial lesions (LSIL) with 1,97%, high-grade intraepithelial lesions (HSIL) 1.33%, glandular cell atypia (ACG) with 1.25% and invasive squamous cell carcinoma 0.06%. Regarding the level of schooling, women who attended elementary and high school corresponded to the higher percentage of patients. Conclusion:
it is concluded that the incidence of atypia was considerably higher than described in the previous literature. Thus, it is recommended the adoption of strategies to improve the adherence and the awareness of the population regarding the necessity of this exam.
Objetivo:
verificar a frequência das alterações celulares do trato genital feminino que acometeram mulheres atendidas no ano de 2016 em um laboratório clínico público em Teresina-PI, avaliar a frequência dos níveis de escolaridade das pacientes e correlacionar com a frequência das atipias encontradas. Metodologia:
os dados foram coletados a partir das fichas de requisição de exame citopatológico do colo do útero (padrão SUS), referentes ao ano de 2016. Resultados:
dos 9040 laudos analisados, 8.095 (89,55%), tiveram citologia
negativa para as alterações oncológicas e 945 (10,45%) foram positivos. Estes ficaram assim distribuídos:
células escamosas de significado indeterminados com 5,84%, as lesões intra-epiteliais de baixo grau (LSIL) com 1,97%, lesões intra-epiteliais de alto grau
(HSIL) com 1,33%, atipias de significado indeterminado em células glandulares (ACG) com 1,25% e carcinoma epidermóide invasor com 0,06%. No que se refere ao grau de escolaridade, maior frequência foi observada entre pacientes que frequentaram o ensino
fundamental e médio. Conclusão:
os resultados permitiram concluir que a incidência das atipias foi muito além das observadas na literatura. Para equacionar esse problema, o país deve adotar estratégias que visem a adesão e a conscientização da população
sobre a necessidade do exame.