Medicina (Ribeirao Preto, Online); 53 (1), 2020
Publication year: 2020
RESUMO:
A pré-eclâmpsia, uma complicação frequente da gravidez, é uma das principais causas maternas de morbidade e da mortalidade perinatal. Um grande avanço na classificação da pré-eclâmpsia foi a sua subdivisão em variantes precoces (<34 semanas de gestação) e tardias. Apesar de apresentarem maior prevalência no período gestacional, o aparecimento dessas intercorrências em período pós-parto e puerperal não deve ser negligenciado tendo em vista a sua importância clínica. Este artigo é um relato de caso de pré-eclâmpsia tardia em uma paciente de 37 anos, puérpera, que deu entrada no serviço de emergência hospitalar com quadro de edema agudo de pulmão, dispneia, estado torporoso e cianose periférica. O diagnóstico foi possível através de aferição de pressão arterial sistêmica e dosagem de proteinúria de 24h, tendo sido descartadas outras complicações possíveis após outros exames laboratoriais. O quadro foi estabilizado com uso de nitroprussiato de sódio e uso de pressão positiva contínua nas vias aéreas (do inglês: continuous positive airway pressure–CPAP) para correção de cianose. Logo depois do diagnóstico de pré-eclâmpsia, foi adicionado à prescrição o sulfato de magnésio para profilaxia de eclâmpsia. Após sete dias de internação sem demais intercorrências, a paciente recebeu alta. (AU)
ABSTRACT:
Preeclampsia, a frequent complication of pregnancy, is a leading cause of maternal and perinatal morbidity and mortality. A major advance in the classification of preeclampsia was its subdivision into early- (<34 weeks of gestation) and late-onset variants. Although they present a higher prevalence in the gestational period, the appearance of these intercurrences in the postpartum and puerperal period should not be neglected given their clinical importance. It is described a case of late preeclampsia:
a 37-year-old patient, at the postpartum period, who went to emergency service after being dyspneic, torporous, peripheral cyanosis, and with pulmonary edema. The diagnosis was made not only based on the medical signs and patient-reported symptoms, but also after laboratory findings such as 24h proteinuria and blood pressure measure. Other diagnoses, as HELLP Syndrome, were excluded after normal laboratory results. Her clinical condition was made stable after being medicated with sodium nitroprusside and using a continuous positive airway pressure (CPAP) for cyanosis correction. After the preeclampsia diagnosis, at another medical center, it was added to the prescription magnesium sulfate as an eclâmpsia prophylaxis. After the seventh day of admission, without other complications, the patient was discharged from the hospital. (AU)