Objetivo – Descrever o perfil epidemiológico da hanseníase em Campinas através do levantamento do número de casos da doença, registrados de 2011 a agosto de 2018 no município. Métodos – Tratou-se de uma pesquisa com abordagem transversal retrospectiva, quantitativa do tipo descritiva com a coleta de dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) a respeito dos casos de hanseníase notificados no período de agosto de 2011 a agosto de 2018. Resultados – Foram encontrados 213 novos casos de hanseníase em Campinas no período estudado, com uma taxa de incidência de 2,47 casos para cada 100 mil habitantes. A população masculina apresentou-se com 57% dos casos registrados e a população feminina com 43%. A hanseníase mostrou-se prevalente em populações com idade acima de 14 anos com 96% das notificações. As formas clínicas iniciais mais encontradas foram a Virchowiana e a Dimorfa, com 31% e 26% respectivamente. O distrito residencial com o maior número de casos foi o Sul, com 28% dos casos registrados e o grau de incapacidade mais prevalente no momento do diagnóstico, foi o grau 0 da patologia com 59% dos casos notificados. Quanto a classificação operacional da notificação, notou-se que a classificação multibacilar apresentou 69% dos casos. Conclusão – Conclui-se que apesar da taxa de incidência da hanseníase no município de Campinas estar em declínio nas últimas décadas, é necessário manter o afinco dos órgãos de saúde do município na luta contra a doença, pois esta, ainda é considerada como um grave problema de saúde pública