Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 20 (4), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
distúrbios do sono são comuns na gravidez e decorrem de modificações anatômicas, fisiológicas e hormonais. A atenção primária à saúde encontra-se em posição singular no reconhecimento de tais desordens. Nesse contexto, esta pesquisa tem como
objetivo avaliar a qualidade do sono de gestantes em uma Unidade Básica de Saúde e correlacioná-la com parâmetros analisados durante o acompanhamento pré-natal. Metodologia:
trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico, desenvolvido por
meio de pesquisa de campo, com gestantes acompanhadas em uma Unidade Básica de Saúde. Os dados foram obtidos utilizando uma ficha de questionário que associava algumas variáveis com a qualidade do sono, mensurada pelo Índice de Qualidade do sono
de Pittsburgh, em sua versão brasileira (PSQI-BR). Resultados e Discussão:
foram entrevistadas 83 gestantes, com 76 preenchendo os critérios de inclusão. A maioria das pacientes possuía idade inferir a 26 anos (64,4%), era multípara (59,2%), com peso inadequado (72,4%), não tinha distúrbio hipertensivo na gestação (76,3%) e estava no primeiro trimestre (40,8%). Após a aplicação do teste qui-quadrado de Pearson e a razão de chances, verificou-se que as três últimas variáveis citadas tinham relação com a qualidade
do sono, apresentando significância estatística (p<0,05). Além disso, 34,2% das gestantes tinha má qualidade do sono. Conclusão:
a qualidade do sono deve ser avaliada durante o acompanhamento pré-natal, visto que seu comprometimento é frequente, sobretudo
diante de certos fatores de risco, e pode resultar em desfechos maternos adversos. Assim, o reconhecimento precoce possibilita melhora do prognóstico gestacional.
Introduction:
sleep disorders are common in pregnancy and result from anatomical, physiological and hormonal changes. Primary health care is in a unique position in recognizing such disorders. In this context, this research aims to assess the quality of sleep of pregnant women in a Basic Health Unit and associated it with parameters analyzed during prenatal care. Methodology:
this is an observational, cross-sectional and analytical study, developed through field research, with pregnant women accompanied in a Basic
Health Unit. The data were obtained using a questionnaire form that correlated some variables with the quality of sleep, measured by the Pittsburgh Sleep Quality Index, in its Brazilian version (PSQI-BR). Results and Discussion:
83 pregnant women were interviewed,
with 76 fulfilling the inclusion criteria. Most patients were 26 years old (64.4%), multiparous (59.2%), with inadequate weight (72.4%), had no hypertensive disorder during pregnancy (76.3%) and were in the first quarter (40.8%). After applying Pearson’s chi-square
test and odds ratio, it was found that the last three variables mentioned were related to sleep quality, showing statistical significance (p <0.05). In addition, 34.2% of pregnant women had poor sleep quality. Conclusion:
the quality of sleep should be assessed during
prenatal care, as its impairment is frequent, especially in the face of certain risk factors, and can result in adverse maternal outcomes. Thus, early recognition makes it possible to improve gestational prognosis.