Rev. Bras. Cancerol. (Online); 67 (4), 2021
Publication year: 2021
Introdução:
O adoecimento por câncer traz uma rotina cansativa por conta das terapêuticas agressivas, e ocorrem mudanças na vida do
adolescente. Objetivo:
Compreender a percepção do adolescente frente à sua condição de adoecimento oncológico. Método:
Pesquisa
exploratória, descritiva, qualitativa, por meio da técnica do discurso do sujeito coletivo, realizada com 13 adolescentes, no período de
junho a agosto de 2019, no Centro Especializado em Oncologia Pediátrica de um hospital universitário. As entrevistas individuais foram
gravadas baseadas nos seguintes questionamentos:
Para você, como é estar doente? O que você pensa sobre seu futuro? Como você se
relaciona com seus familiares e com a equipe de saúde? Resultados: Foram identificadas oito ideias centrais, entre elas: estar doente é
ruim porque limita rotinas da vida normal; o tratamento é doloroso e altera minha imagem corporal; estar doente tem um lado bom;
ficar curado e retomar planos para minha vida; o hospital e a equipe de saúde são acolhedores; falta empatia e acolhimento adequado;
humanização na assistência; e apoio familiar. Conclusão:
Na percepção do adolescente, o adoecimento vai além da condição de saúde
física, interfere e limita sua qualidade de vida e dos familiares, e a escuta terapêutica é essencial para uma assistência humanizada
Introduction:
Cancer illness brings a tiresome routine due to aggressive
therapies, and changes occur in the adolescent’s life. Objective:
Understand
the perception of the adolescent in face of its condition of oncological
sickening. Method:
Exploratory, descriptive, and qualitative research,
through the Collective Subject Discourse technique, conducted with
13 adolescents, from June to August 2019, at the Specialized Center for
Pediatric Oncology of a university hospital. The individual interviews were
recorded based on the following questions:
What is it like to be sick to you?
What do you think about your future? How do you relate to your family
members and the health team? Results: Eight central ideas were identified,
among them: being sick is bad because it limits normal life routines; the
treatment is painful and changes my body image; being sick has a good
side; be healed and resume plans for my life; the hospital and the team
are welcoming; proper welcome and empathy are lacking; humanized
care; family support. Conclusion:
In the adolescent’s perception, illness
goes beyond the physical health condition, interferes, and limits theirs
and their family quality of life, and therapeutic listening is essential for
humanized care
Introducción:
La enfermedad del cáncer trae una rutina agotadora debido
a terapias agresivas, y se producen cambios en la vida del adolescente.
Objetivo:
Entender la percepción de lo adolescente ante su condición de
enfermedad oncológica. Método:
Investigación exploratoria, descriptiva y
cualitativa, a través de la técnica de Discurso de Sujeto Colectivo, realizada
con 13 adolescentes, de junio a agosto de 2019, en el Centro Especializado de
Oncología Pediátrica de un hospital universitario. Las entrevistas individuales
fueron grabadas basándose en las siguientes preguntas:
¿Cómo es estar
enfermo para usted? ¿Qué opinas de tu futuro? ¿Cómo se relaciona con los
miembros de su familia y el equipo de salud? Resultados: Se identificaron
ocho ideas centrales, entre ellas: estar enfermo es malo porque limita las
rutinas normales de vida; el tratamiento es doloroso y cambia mi imagen
corporal; estar enfermo tiene un lado bueno; ser sanado y reanudar los
planes para mi vida; el hospital y el equipo de salud son acogedores; carecer
de empatía y bienvenida adecuada; humanización en el cuidado; y apoyo
familiar. Conclusión:
En la percepción del adolescente, la enfermedad va
más allá de la condición de salud física, interfiere y limita su calidad de vida
y familiares, y la escucha terapéutica es esencial para la atención humanizada