Rev. Col. Bras. Cir; 48 (), 2021
Publication year: 2021
ABSTRACT Purpose:
although locking plates have led to important changes in fracture management, becoming important tools in the orthopedic surgeon's arsenal, the benefits of locking plates for traumatic diastasis of the pubic symphysis have not been established. This study was conducted to assess the quality of life in its different domains among patients with traumatic diastasis of the pubic symphysis managed either with locking or nonlocking plate. Methods:
a prospective cohort study was undertaken at 3 level 1 trauma centres in Brazil. Patients presenting traumatic diastasis of the pubic symphysis treated with plate fixation with a minimum follow-up of 12 months were eligible for inclusion. Through a Pfannenstiel approach, the pubic symphysis was reduced and fixed with a superiorly positioned 4.5mm four to six hole reconstruction locked plate or 3.5mm four to six hole reconstruction nonlocked plate. Posterior injury was managed during the same procedure. Outcome measures were adequate healing of the pelvic injuries, return to pre-injury level on daily activities, and quality of life at the last follow-up visit. Complications and modes of failure were summarized and reviewed. Bivariate linear regression was used to assess individual factors affecting patients' health-related quality of life. A p value of <5% was considered significant. Results:
a total of 31 adult patients (29 males and 2 females) were eligible for the study. Thirteen patients were managed with a reconstruction locked plate and 18 patients with a nonlocked reconstruction plate. Average postoperative follow-up time was 24 months. Adequate healing of the pelvic injuries was achieved in 61.5% of patients treated with locking plates and 94.4% of patients treated with nonlocking plates (p=0.003). Radiographic failure of fixation with minor complications occurred in 46.1% of patients after locked plating versus 11.1% of patients in the nonlocking plate group (p=0.0003). In bivariate analysis, abnormal gait (p=0.007) was associated with a reduced long-term quality of life as measured with the EQ-5D-3L. Conclusion:
internal fixation of traumatic diastasis of the pubic symphysis with locking plates has no clinical advantage when compared to nonlocked plating. Mechanical failure and inadequate healing are significantly increased after locked plating of the pubic symphysis. Therefore, we do not recommend routine use of locking plates for managing patients presenting traumatic diastasis of the pubic symphysis. Level of evidence:
II (prospective, cohort study).
RESUMO Justificativa e Objetivo:
embora as placas bloqueadas tenham levado a mudanças importantes no tratamento de fraturas, tornando-se ferramentas importantes no arsenal do cirurgião ortopédico, os benefícios para a fixação da lesão da sínfise púbica não foram adequadamente estabelecidos. Este estudo foi realizado para avaliar a qualidade de vida em diferentes domínios de pacientes com disjunção traumática da sínfise púbica tratados com placas bloqueadas e não bloqueadas. Métodos:
trata-se de estudo de coorte prospectivo, realizado em três centros de trauma nível 1, no Brasil. Foram elegíveis para inclusão no estudo pacientes com disjunção traumática da sínfise púbica tratados com redução aberta e fixação interna com placa, com seguimento mínimo de 12 meses. Por meio de abordagem de Pfannenstiel, a sínfise púbica foi reduzida e fixada com uma placa bloqueada de reconstrução de 4,5mm de quatro a seis orifícios posicionada superiormente ou com uma placa não bloqueada de reconstrução de 3,5mm de quatro a seis orifícios. A lesão pélvica posterior foi tratada durante o mesmo procedimento. Os desfechos analisados na última visita de acompanhamento foram cicatrização da lesão pélvica, retorno às atividades diárias para nível pré-lesional e qualidade de vida. Complicações e modos de falha foram observados e descritos. Foi utilizada regressão linear bivariada na avaliação dos fatores individuais que afetaram a qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes, com valor p <5% considerado significativo. Resultados:
foram incluídos no estudo 31 pacientes adultos (29 homens e 2 mulheres). Treze pacientes foram tratados com placa de reconstrução bloqueada e 18 com placa de reconstrução não bloqueada. O tempo médio de seguimento pós-operatório foi de 24 meses. A cicatrização adequada da lesão do anel pélvico foi alcançada em 61,5% dos pacientes tratados com placas bloqueadas e em 94,4% dos pacientes tratados com placas não bloqueadas (p=0,003). Falha radiográfica de fixação com complicações menores ocorreu em 46,1% dos pacientes tratados com placa bloqueada contra 11,1% dos pacientes no grupo de placas não bloqueadas (p=0,0003). Na análise bivariada, marcha anormal (p=0,007) foi associada à redução da qualidade de vida em longo prazo, medida com o EQ-5D-3L, embora não tenha sido observada relação direta destas com os implantes utilizados. Conclusão:
a fixação interna da disjunção traumática da sínfise púbica com placas bloqueadas não apresenta vantagem clínica quando comparada com placas não bloqueadas. Falha mecânica e cicatrização inadequada aumentam significativamente após o uso de placas bloqueadas na sínfise púbica. Portanto, não recomendamos o uso rotineiro de placas bloqueadas para o tratamento de pacientes com disjunção traumática da sínfise púbica. Nível de evidência:
II (estudo de coorte prospectivo).