Use of antidepressants and potential drug interactions in cancer patients treated at a hospital in the Southern Brazil
Uso de antidepressivos e potenciais interações medicamentosas em pacientes oncológicos atendidos em hospital do Sul do Brasil
Uso de antidepresivos y posibles interacciones farmacológicas en pacientes con cáncer tratados en un hospital en el Sur de Brasil

Rev. epidemiol. controle infecç; 11 (1), 2021
Publication year: 2021

Background and Objectives:

Cancer is a chronic degenerative disease and its diagnosis is often associated with mental distress, doubts and insecurities that can trigger depressive symptoms, causing the need for pharmacological treatment. However, cancer patients often use multiple medications (polypharmacy), thus increasing the chances of potential drug interactions. The objective of this study was to evaluate the use of antidepressant drugs in oncological inpatients and the potential drug interactions of their prescriptions.

Methods:

Prospective, descriptive, and analytical cross-sectional study conducted with cancer patients aged ≥ 18 years, admitted to a hospital in Southern Brazil, and aware of their diagnosis. Larger and contraindicated drug interactions were analyzed using the Micromedex® and Lexicomp® databases.

Results:

The sample consisted of 50 patients, 54% were female and the mean age was 53.6 (± 15.3) years. Antidepressant drugs were used in 42% of the patients, escitalopram (selective serotonin reuptake inhibitors) being the most prescribed. 90% of the patients had some potential interaction and they occurred with any drug prescribed for treatment. Out of the patients using antidepressants, 62% had contraindicated interactions and all had at least one case of major interaction. The drugs most related to contraindicated drug interactions were dipyrone and metoclopramide.

Conclusion:

The results of this study demonstrated a high number of contraindicated interactions involving antidepressant drugs. The significance of monitoring and adjusting the pharmacotherapy of these patients is crucial.(AU)

Justificativa e Objetivos:

O câncer é uma doença crônico-degenerativa cujo diagnóstico constantemente está associado a sofrimento mental, dúvidas e inseguranças, podendo desencadear sintomas depressivos, de forma que às vezes são necessárias medidas farmacológicas para tratar desses sintomas. Entretanto, pacientes oncológicos frequentemente utilizam vários medicamentos (polifarmácia), aumentando as chances de potenciais interações medicamentosas. Este estudo pretendeu avaliar o uso de antidepressivos nos pacientes em tratamento oncológico hospitalizados e as potenciais interações medicamentosas de suas prescrições.

Métodos:

Estudo transversal, prospectivo, descritivo e analítico realizado com pacientes oncológicos com idade superior a 18 anos, internados em um hospital do Sul do Brasil e cientes de seu diagnóstico. As interações medicamentosas maiores e as contraindicadas foram analisadas por meio das bases de dados Micromedex® e Lexicomp®.

Resultados:

Na amostra, composta de 50 pacientes, 54% eram do sexo feminino, e a média de idade foi de 53,6 (±15,3) anos. Além disso, dentre a amostra, 42% dos pacientes utilizavam medicamentos antidepressivos, sendo o escitalopram (inibidor seletivo da recaptação de serotonina) o mais prescrito; e 90% dos pacientes apresentaram algum tipo de potencial interação, que ocorreram com quaisquer medicamentos prescritos para o tratamento. Dos pacientes que utilizavam antidepressivos, 62% tiveram interações contraindicadas e todos apresentaram pelo menos um caso de interação maior. Os medicamentos mais relacionados a interações medicamentosas contraindicadas foram a dipirona e a metoclopramida.

Conclusão:

Os resultados deste estudo demonstraram um elevado número de interações medicamentosas contraindicadas envolvendo medicamentos antidepressivos. Nesse contexto, verifica-se a importância de monitorar e adequar a farmacoterapia desses pacientes.(AU)

Justificación y objetivos:

El cáncer es una enfermedad crónico-degenerativa, que tiene su diagnóstico frecuentemente asociado a angustia mental, dudas e inseguridad, lo que puede resultar síntomas depresivos, que necesitarán, a menudo, medidas farmacológicas para tratarlos. Sin embargo, los pacientes con cáncer muchas veces usan varios medicamentos (polifarmacia), lo que aumenta las posibilidades de interacciones farmacológicas. Este estudio propone evaluar el uso de antidepresivos en pacientes con cáncer hospitalizados y las posibles interacciones farmacológicas que proceden de sus prescripciones.

Métodos:

Estudio transversal, prospectivo, descriptivo y analítico realizado con pacientes con cáncer de edad superior a 18 años, ingresados en un hospital en el Sur de Brasil y conscientes de su diagnóstico. Las interacciones farmacológicas más grandes y contraindicadas se analizaron utilizando las bases de datos Micromedex y Lexicomp.

Resultados:

La muestra consistió en 50 pacientes, el 54% eran mujeres y el promedio de edad fue de 53,6 (±15,3) años. El 42% de los pacientes utilizaban fármacos antidepresivos, de los cuales el escitalopram (inhibidor selectivo de la recaptación de serotonina) fue el más recetado; el 90% de los pacientes tuvieron alguna interacción que ocurrió con cualquier medicamento recetado para el tratamiento. De los pacientes que usaban antidepresivos, el 62% tuvieron interacciones contraindicadas y todos presentaron, al menos, un caso de interacción mayor. Los fármacos más relacionados con las interacciones farmacológicas contraindicadas fueron dipirona y metoclopramida.

Conclusión:

Los resultados de este estudio demostraron un alto número de interacciones farmacológicas contraindicadas que involucran fármacos antidepresivos. En este contexto, se verifica la importancia de monitorear y ajustar la farmacoterapia de estos pacientes.(AU)

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