Demetra (Rio J.); 15 (1), 2020
Publication year: 2020
Objetivo:
Comparar o consumo alimentar entre indivíduos identificados com e sem ortorexia, e suas diferenças em relação ao nível de atividade física. Métodos:
Estudo transversal, com uma amostra de 59 indivíduos adultos (30 mulheres e 29 homens), com idade entre 18 e 50 anos, de ambos os sexos. Os participantes foram avaliados e divididos segundo nível e tipo de atividade física (fisicamente ativos: > 150min de exercício por semana). A presença de ortorexia foi avaliada pelo questionário ORTO-15, e o consumo alimentar avaliado por recordatório habitual de um dia. A análise estatística foi feita por teste t Student ou U de Mann-Whitney, para comparação entre os grupos com e sem ortorexia. A comparação dos dados descritos como frequências absolutas e percentuais foi realizada por qui-quadrado. Resultados:
A média de idade dos indivíduos avaliados foi de 31, 2 ± 8,9 anos. Houve prevalência de ortorexia de 78%, sendo maior nos indivíduos fisicamente ativos (86% vs 65%; p=0,05). Indivíduos com ortorexia consumiam mais proteínas em relação às gramas por dia, por kg, percentual do valor energético total e kcal (p<0,05); e tinham um consumo mais baixo de carboidratos em relação ao percentual do valor energético total (p<0,05), em comparação aos sem ortorexia. Esse padrão se manteve significativo apenas dentro do grupo fisicamente ativo. Conclusão:
Os resultados deste estudo sugerem que a ortorexia pode estar associada à prática de exercício físico e a um comportamento alimentar com maior consumo de proteínas e baixo em carboidratos. (AU)
Objective:
To compare food consumption among individuals identified with or without
orthorexia, and their differences in relation to the level of physical activity. Methods:
A
cross-sectional study was carried out with a sample of 59 adult individuals (30 women
and 29 men), aged between 18 and 50 years, of both sexes. Participants were assessed
and divided about level and type of physical activity (physically active: >150min of
exercise per week). Presence of orthorexia was evaluated by ORTO-15 questionnaire,
and food consumption was evaluated by a usual one-day recall. Statistical analysis was
done by T-Student or Mann-Whitney U Test for comparison between groups with and
without orthorexia. Comparison of data described as absolute and percentage
frequencies was performed by chi-square. Results:
The mean age of the sample
evaluated was 31.2 ± 8.9 years. There was a prevalence of orthorexia of 78%, being
higher in physically active individuals (86% versus 65%, p = 0.05). Individuals with
orthorexia consumed more protein in relation to grams per day, kg, percentage of total
energy value and kcal (p <0.05); and had lower intake of carbohydrates than the
percentage of total energy value (p <0.05), compared to those without orthorexia. This
pattern remained significant only in the physically active group. Conclusion:
The results
of this study suggest that orthorexia may be associated with physical exercise and
eating behavior with higher intakes of protein and low carbohydrates. (AU)