Autopercepção da qualidade de vida de homens usuários da estratégia de saúde da família em Manguinhos, município do Rio de Janeiro
Self–perception of quality of life of males of a family health unit located in Manguinhos, Rio de Janeiro city
Rev. APS; 24 (Supl 1), 2021
Publication year: 2021
Expandir ações, superando o modelo biomédico, e aumentar a adesão dos homens aos cuidados são desafios da Atenção Primária em Saúde.Estudo observacional de corte transversal quantitativo, este trabalho objetivou discutir a autopercepção da qualidade de vida (QV) de usuários de uma unidade de Saúde da Família, de Manguinhos, bairro do município do Rio de Janeiro. Utilizou-se a versão abreviada do Instrumento de Avaliação de QV, o WHOQOL-bref. A amostra compôs-se de 133 homens com idade entre 20 e 59 anos residentes no território. As entrevistas foram realizadas nos meses de agosto e setembro de 2020. Os homens referiram boa QV geral; odomínio físico foi o mais bem avaliado, seguido do psicológico. Meio ambiente foi o domínio com pior resultado, principalmente sobre haver ou não recursos financeiros e oportunidades de lazer. Indivíduos com maior renda e escolaridade relataram melhor percepção da QV. Estudos sobre a população de homens contribuem para a compreensão de barreiras existentes nos serviços e para a definição de estratégias. Entre as ações coletivas, recomenda-se implementar grupos de saúde do homem, além de atender a demandas agudas, oportunizando ações de promoção e prevenção.
Some of the challenges in primary health care are increasing men's compliance with health care orientation and expanding actions to overcome the biomedical model. The purpose of this observational, quantitative, descriptive, cross-sectional study was to discuss the self-perception of the quality of life of male users of a family health unit, located in Manguinhos, RJ, Brazil. The Portuguese abbreviated version of the Quality of Life Assessment Instrument (WHOQOL-bref) was used. The sample consisted of 133 male residents in the area, aged 20–59 years. The interviews were conducted in August and September 2020. The participants reported a good general quality of life; the physical aspect had the highest score followed by the psychological one. The domain with the worst evaluation was the environmental aspect, mainly in relation to the facet that measures having sufficient financial and have leisure opportunities. Individuals with higher income and education levels reported a better perception of quality of life. Studies on the male population should be conducted for a better understanding of the barriers existing in health services, as well as define specific strategies. Among the collective actions, men`s health groups must be implemented in addition to the provision of care for acute demands, providing opportunities to promote and prevent.