Lymphocintilographic evaluation of lymphatic circulation in victims of circuferential degloving injuries of the lower limbs
Avaliação linfocintilográfica da circulação linfática em pacientes vítimas de desenluvamentos circunferenciais dos membros inferiores

Rev. Col. Bras. Cir; 49 (), 2022
Publication year: 2022

ABSTRACT Introduction:

secondary forms of lymphedema may occur as consequence of tumors, surgeries, radiotherapy, trauma and infections. Degloving injuries are severe and infrequent forms of trauma, with avulsion at the level of muscular fascia, and consequent injury of the lymphatic system.

Objective:

to evaluate the alterations in lymphatic circulation in patients being victims of circumferential degloving injuries in the lower limbs, using lymphoscintigraphic.

Patients and Methods:

retrospective analysis of the cases treated in the period from 2010 to 2016. Segmental, circumferential and unilateral injuries with involvement of the lower limbs were included. Lymphoscintigraphy was performed after a minimum interval of 12 months after the end of treatment. The non-injured lower limb was used as control. The Kleinhans Semiquantitative Index (KSI) was used for the semiquantitative evaluation of the lymphoscintigraphic findings.

Results:

eighteen patients were evaluated, six of whom were female and 12 were male. The mean age was 28.11 years. The average vertical extension of the circumferential traumatized segment was 29.33cm. The injured area presented variations of 5 to 15% of the body surface, with an average of 8.95%. Lymphoscintigraphy was performed after an average interval of 22.55 months. Alterations were observed on the traumatized limb (TL) in 13 patients. All control limbs (CL) were normal. The mean KSI observed in TL was 8.32, while in CL, the average value was 0.58 (p<0.001).

Conclusion:

patients with circumferential degloving injuries in the lower limbs present compromised lymphatic circulation and high probability to develop lymphedema.

RESUMO Introdução:

as formas secundárias de linfedema podem ocorrer em consequência de tumores, cirurgias, radioterapia, traumas e infecções. Os desenluvamentos são formas graves e infrequentes de trauma, sendo observada avulsão no plano da fáscia muscular, com consequente lesão do sistema linfático.

Objetivo:

avaliar as alterações na circulação linfática nos pacientes vítimas de desenluvamentos circunferenciais nos membros inferiores, a partir da análise linfocintilográfica.

Pacientes e Métodos:

análise retrospectiva dos casos atendidos no período de 2010 a 2016. Foram incluídos os casos com acometimento segmentar, circunferencial e unilateral em membros inferiores. A linfocintilografia foi realizada após um intervalo mínimo de 12 meses do término do tratamento. O membro inferior não traumatizado foi utilizado como controle. Para a avaliação semiquantitativa dos achados linfocintilográficos, utilizou-se o Índice de Kleinhans (ISQTK).

Resultados:

foram avaliados 18 pacientes, sendo seis do gênero feminino e 12 do masculino. A média de idade foi de 28,11 anos. A extensão vertical do segmento traumatizado circunferencial foi em média de 29,33cm. O segmento traumatizado apresentou variações de 5 a 15% da superfície corporal, com média de 8,95%. A linfocintilografia foi realizada após intervalo médio de 22,55 meses. Foram observadas alterações no exame linfocintilográfico do membro traumatizado (MT) em 13 pacientes. Todos os exames dos membros controle (MC) foram normais. O ISQTK médio observado no MT foi 8,32 (0,3-20,75). No MC o valor médio foi de 0,58 (0,15-0,75).

Conclusão:

os pacientes com desenluvamentos circunferenciais nos membros inferiores apresentam circulação linfática comprometida e alta probabilidade para o desenvolvimento de linfedema.

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