Residências terapêuticas: a percepção de moradores acerca de autonomia, relacionamentos e contratualidade
Therapeutic residences: residents’ perception of autonomy, relationships and contractuality

Rev. enferm. UFPI; 8 (4), 2019
Publication year: 2019

Objetivo:

Analisar a vivência dos moradores de uma residência terapêutica no município de Teresina.

Metodologia:

Estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado em residência terapêutica com cinco moradores que ali viviam por no mínimo 6 meses, por meio de entrevista semiestruturada, que através da análise de conteúdo segundo Minayo gerou três categorias: os moradores e relacionamento com seus pares e comunidade; os moradores e o poder de contratualidade; os moradores e sua autonomia.

Resultados:

Os moradores relataram que recebem bons cuidados e sentem-se acolhidos, além de boa convivência com os cuidadores. Em relação à comunidade, houve inicialmente resistência, contudo, a dificuldade foi superada. Quanto à autonomia e contratualidade, a negociação é quase incipiente. Em seu cotidiano há horários préestabelecidos para atividades cotidianas e próprias da casa que são determinadas pela responsável da Residência Terapêutica. Sobre o benefício recebido do Governo Federal, há permissão dos moradores para a coordenadora da residência administrar seus pecunhos.

Conclusão:

Sugere-se formulação ou reformulação da dinâmica da moradia, capacitação dos cuidadores, permanente avaliação da autonomia dos moradores possível para cada caso e um maior trabalho para que, de fato, a reinserção social se concretize.

Objective:

To analyze the experience of residents of a therapeutic residence in the municipality of Teresina.

Methodology:

it is a descriptive study with qualitative approach, conducted in therapeutic residence with five residents who lived there for at least 6 months, through semi-structured interview using Minayo’s content analysis which generated three categories: residents and relationship with their peers and community; residents and the power of contractuality; the residents and their autonomy.

Results:

Residents reported that they receive good care and feel welcomed, as well as having good contact with caregivers. Regarding the community, there was initially resistance, however, the difficulty was overcome. About autonomy and contractuality, negotiation is almost incipient. In your daily life there are pre-established times for daily activities and the house that are determined by the head of the Therapeutic Residence. Regarding the benefit received from the Federal Government, residents are allowed to the residence coordinator to administer their pecuniary.

Conclusion:

It is suggested the formulation or reformulation of housing dynamics, caregivers training, permanent assessment of the residents' autonomy possible for each case and a greater work to actually bring about social reintegration.

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