Rev. Assoc. Méd. Rio Gd. do Sul; 65 (2), 2021
Publication year: 2021
RESUMO
Introdução:
A expectativa de vida da população mundial vem aumentando consideravelmente, consequentemente elevando também
o número de doenças ligadas a senilidade. Dentre elas destacam-se as demências tendo como principal representante a Doença de
Alzheimer (DA), causando elevados custos financeiros, sociais e emocionais dos cuidadores e familiares. Devido a isso, é importante
traçar o perfil epidemiológico dos pacientes com DA no ambulatório de geriatria, para possíveis intervenções nos seus fatores de
risco, na tentativa de postergar o início da sintomatologia ou retardar a sua progressão. Métodos:
Estudo observacional retrospectivo,
com coleta de dados secundários e abordagem quantitativa. Mediante prontuários de pacientes diagnosticados com DA atendidos
no ambulatório de geriatria da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) nos anos de 2016 e 2017. Resultados:
Foram
incluídos 20 pacientes, com predomínio do sexo feminino (75%), prevalecendo pacientes com idade no intervalo entre 66 e 70 anos
(35%), possuindo ensino fundamental incompleto (70%). A maioria sedentária (75%), com consequente sobrepeso (55%) e algum
grau de obesidade (40%). Quando avaliado as comorbidades prevalentes, houve predomínio de hipertensão arterial sistêmica (75%),
depressão (45%) e diabetes mellitus tipo 2 ( 35%). Realizam algum tratamento para a DA (35%), porém as comorbidades concomitantes a DA estão em tratamento (80%). Conclusão:
Perfil geral dos pacientes atendidos no ambulatório de geriatria da UNESC com
DA na região de Criciúma são mulheres com idade entre 65-75 anos, com ensino fundamental incompleto, sedentárias, com sobrepeso, apresentando alguma comorbidade concomitante em tratamento adequado e poucos em tratamento específico para Alzheimer.
PALAVRAS-CHAVE: Alzheimer, perfil epidemiológico, fatores de risco
ABSTRACT
Introduction:
The life expectancy of the world population has been increasing considerably, consequently also increasing the number of senility-linked
diseases. Among these, dementias stand out, with Alzheimer’s disease (AD) as its main representative, causing high financial, social and emotional costs
for caregivers and family members. Thus, it is important to determine the epidemiological profile of patients with AD in the geriatric outpatient clinic for
possible interventions in their risk factors, in an attempt to delay symptoms onset or slow down disease progression. Methods:
A retrospective observational study, with secondary data collection and a quantitative approach. Through medical records of patients diagnosed with AD treated at the geriatric
outpatient clinic of Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) in 2016 and 2017. Results:
Twenty patients were included, predominantly female (75%), mostly in the interval between 66 and 70 years (35%) of age, with incomplete primary education (70%). Most were sedentary (75%), with
consequent overweight (55%) and some degree of obesity (40%). Prevalent comorbidities analysis showed a predominance of systemic arterial hypertension
(75%), depression (45%) and type 2 diabetes mellitus (35%). They perform some treatment for AD (35%), but comorbidities concomitant with AD are
under treatment (80%). Conclusion:
General profile of patients treated at the UNESC geriatrics outpatient clinic with AD in the Criciúma region are
sedentary overweight women aged between 65-75 years, with incomplete primary education and some concomitant comorbidity in adequate treatment, and few
in Alzheimer’s specific treatment.
KEYWORDS:
Alzheimer’s disease, epidemiological profile, risk factors