Rev. Assoc. Méd. Rio Gd. do Sul; 65 (2), 2021
Publication year: 2021
RESUMO
Introdução:
A partir de estudos anteriores estima-se que em torno de 2 a 3 % dos recém-nascidos vivos apresentarão malformações
congênitas. As malformações congênitas estão entre a primeira e quinta causa de morte em menores de um ano de idade, contudo a
prevalência de natimortos é menor que 4%. O objetivo deste trabalho é determinar a prevalência de malformações congênitas nos
recém-nascidos internados em uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, identificar e descrevê-las, relacionando com os dados
obstétricos. Além disso, comparar as malformações apresentadas com dados antropométricos do recém-nascido e variáveis da mãe.
Métodos:
estudo de prevalência, descritivo e retrospectivo, cuja população-alvo são recém-nascidos portadores de malformações
congênitas internados na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal do dia primeiro de janeiro de 2017 até o dia 31 de dezembro
de 2018. Resultados:
foram analisados 1046 prontuários, dos quais 85 pacientes possuiam malformações congênitas - prevalência de
8,12 %. Com relação a caracterização dos recém-nascidos 44,7% eram do sexo feminino e 55,3% do sexo masculino. O grupo mais
frequente foi composto por polimalformados (30,6%) e perante às comparações realizadas foi identificada significância estatística ao
se relacionar valor da escala de APGAR no primeiro minuto com os grupos de malformados (p=0,049). Conclusões:
houve maior
frequência de malformação congênita no sexo masculino, no grupo dos polimalformados e a malformação congênita que mais se
repetiu foi a hidrocele. Referente a comparação de variáveis quantitativas maternas com os bebês malformados houve apenas significância estatística com relação à medida do primeiro minuto da escala de APGAR.
PALAVRAS-CHAVE: Pediatria, neonatologia, anormalidades congênitas
ABSTRACT
Introduction:
From previous studies, it is estimated that around 2-3% of live newborns will have congenital malformations. Congenital malformations
are between the first and fifth causes of death in children under one year of age. However, the prevalence of stillbirths is less than 4%. The objective of
this study is to determine the prevalence of congenital malformations in newborns admitted to a Neonatal Intensive Care Unit, identify and describe them,
relating them to obstetric data. In addition, to compare the malformations found with newborns’ anthropometric data and maternal variables. Methods:
A descriptive and retrospective study of prevalence, whose target population are newborns with congenital malformations admitted to the Neonatal Intensive
Care Unit from January 1, 2017 to December 31, 2018. Results:
1046 medical records were analyzed, in which 85 patients had congenital malformations – a prevalence of 8.12%. Regarding newborns characterization, 44.7% were female and 55.3% male. The most frequent group was composed of polymalformed individuals (30.6%) and, considering the comparisons made, statistical significance was identified when relating the first-minute APGAR
score to the malformed groups (p=0.049). Conclusions:
There was a higher frequency of congenital malformation in males, in the polymalformed group,
and the most frequent congenital malformation was hydrocele. Regarding the comparison of maternal quantitative variables with malformed babies, there was
only statistical significance regarding the first-minute APGAR score.
KEYWORDS:
Pediatrics, neonatology, congenital abnormalities