Femina; 50 (3), 2022
Publication year: 2022
Objetivo:
Investigar o conhecimento das adolescentes atendidas no Ambulatório
de Ginecologia sobre os métodos contraceptivos. Métodos:
Foi realizado um estudo quantitativo de corte transversal com adolescentes do sexo feminino, acompanhadas no Serviço de Ginecologia. A seleção foi por ordem de chegada mediante
agendamento prévio. Após consulta médica, foi aplicado um questionário anônimo e estruturado sobre: características sociodemográficas; antecedentes ginecológicos; conhecimento do uso correto e indicação dos métodos contraceptivos. As
variáveis foram analisadas pela estatística descritiva com medidas de tendência
central e variabilidade. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados:
A população estudada foi composta por adolescentes com média de
idade de 15,80 anos (+/- 1,3), 48,0% de etnia/cor parda, 84,0% frequentavam a escola pública e 56,0% cursavam o ensino médio. A maioria possuía conhecimento
insuficiente/ausência de conhecimento e 80,0% tinham informações sobre contracepção que não envolveu a participação de um profissional de saúde, apesar de
eles indicarem o uso dos métodos para a maioria dessas jovens (75,0%). A combinação do preservativo masculino e anticoncepcional oral foi referida em 25,0%
das adolescentes. Conclusão:
A maioria das adolescentes possuía conhecimento
insuficiente/ausente sobre métodos contraceptivos, o que parece contribuir para
o uso inconsistente deles. A maior prevalência do uso do preservativo masculino e
do anticoncepcional oral associada à baixa participação dos profissionais de saúde
como fonte de informação para o uso correto dos métodos ratifica a necessidade
de políticas públicas sobre educação sexual para que as adolescentes exerçam sua
sexualidade com responsabilidade e segurança.(AU)
Objective:
Evaluate the knowledge of adolescents seen in the Gynecology Outpatient
Clinic for Children and Youth. Methods:
A quantitative transverse study was carried
out with thems, regularly seen at the Gynecology Outpatient Clinic for Children and
Youth. We selected participants by arrival order. After having their appointment done,
we applied an anonymous and structured questionnaire containing questions regarding sociodemographics characteristics, past gynaecological history and knowledge, correct use and indications of contraceptives methods. Those
variables were analysed using descriptive statistics such as
central tendency and variability. The research was approved
by the Ethics in Research Committee. Results:
The population studied was composed of adolescents with an average
age of 15.8 years (+/- 1.3), 48.0% of ethnicity/brown colour,
84.0% attended public school and 56.0% were in high school.
Most of them had insufficient knowledge/lack of knowledge
and 80.0% had information about contraception that did not
involve the participation of a health professional, however
health professionals had suggested a method of contraception for most of these young women (75.0%). The combination
of male condoms and oral contraceptives were reported by
25.0% of adolescents. Conclusion:
That most of the adolescents had insufficient/absent knowledge about contraceptive
methods which seems to contribute to their inconsistent use.
The high prevalence of the use of male condoms and oral contraceptives found in this study and low participation of health
professionals as a source of information for the correct use of
methods ratify the need for public policies on sex education
for adolescents enjoy their sexuality responsibly and safely.(AU)