Femina; 50 (3), 2022
Publication year: 2022
Objetivo:
Analisar o perfil epidemiológico e clínico e a assistência médica fornecida
às pacientes acompanhadas no ambulatório específico para endometriose
em um hospital universitário público brasileiro. Métodos:
Trata-se de um estudo
transversal retrospectivo. Foram incluídos os prontuários médicos de 153 pacientes
com endometriose acompanhadas em nosso ambulatório desde sua criação,
em fevereiro de 2017, até abril de 2020. Os dados coletados foram utilizados para
estabelecer os sintomas mais prevalentes, os métodos diagnósticos utilizados, os
locais acometidos com maior frequência, o tratamento clínico estabelecido e as
características epidemiológicas da população estudada. Resultados:
A idade média
das pacientes foi de 35,2 ± 7,23 anos. Os sintomas mais prevalentes foram dismenorreia
(88,2%), dispareunia (65,4%) e infertilidade (52,9%). O ovário foi o local
mais acometido (60,1%). A coexistência de doenças autoimunes foi identificada
em 7,2% das pacientes. Cerca de 47,7% das pacientes foram diagnosticadas com
ressonância magnética pélvica e 45% foram tratadas com dienogeste. Conclusão:
O reconhecimento da epidemiologia da endometriose, os sintomas mais frequentes
e as comorbidades associadas à doença podem permitir aos profissionais de
saúde melhorar sua capacidade diagnóstica e realizar uma assistência clínica individualizada
e eficiente.(AU)
Objective:
To analyze the epidemiological and clinical profile and the medical assistance
provided to patients followed up in the specific outpatient clinic of endometriosis
in a Brazilian public university hospital. Methods:
It was a cross-sectional
retrospective study. Medical records of 153 patients with endometriosis followed up
in our specific outpatient clinic, since its creation, in February 2017, until April 2020
were included. Data collected was used to establish the most prevalent symptoms,
diagnostic methods used, most frequent sites of involvement, clinical treatment and
epidemiological characteristics of the study population. Results:
The mean age of
patients was 35.2 ± 7.23 years old. The most prevalent symptoms were dysmenorrhea
(88.2%), dyspareunia (65.4%) and infertility (52.9%). Ovary was the most affected site (60.1%). The coexistence of autoimmune disease was identified
in 7.2% patients. About 47.7% were diagnosed by pelvic
magnetic resonance imaging (MRI) and 45% were treated with
dienogest. Conclusion:
The recognition of endometriosis epidemiology,
the most frequent symptoms and the comorbidities
associated with the disease may enable health care professionals
to improve the diagnostic capacity and to perform
an individualized and efficient clinical assistance.(AU)