Análise da adequação do termo detox nos rótulos de bebidas industrializadas à base de frutas e vegetais
Analysis of the adequacy of the term detox on the labels of industrialized drinks based on fruits and vegetables

Rev. Inst. Adolfo Lutz (Online); 80 (), 2021
Publication year: 2021

Dietas populares, como as detox, surgem a todo o momento. Todavia, poucos dados científicos comprovam a eficácia e segurança destas dietas. Este trabalho avaliou rótulos de bebidas à base de frutas e vegetais e identificou as que se autodenominam detox. Tratou-se de estudo transversal descritivo, realizado de setembro a outubro/2016. O tamanho da porção na informação nutricional e as alegações encontradas nos rótulos foram analisados em relação às legislações vigentes. Composição nutricional, quantidade total de ingredientes e presença de aditivos alimentares e/ou outros ingredientes não usuais em preparações culinárias foram comparados entre as bebidas detox e as comuns. De 83 produtos analisados, 9,6% (n=8) se autodenominaram detox. A composição nutricional e o número médio de ingredientes não diferiram entre as bebidas detox e as comuns. Alegações nutricionais e de saúde estavam presentes em 77,1% (n=64) dos produtos e 53,0% (n=44) apresentaram alegações não previstas na RDC nº 54/2012. As informações mais frequentes foram quanto aos teores de micronutrientes, açúcares, sódio e fibras. O termo detox, apesar de não permitido, é encontrado neste tipo de produto no mercado brasileiro. Os resultados sugerem que o termo detox seja utilizado mais como estratégia de marketing do que como real alegação de propriedade nutricional. (AU)
Popular diets, such as detox, appear all the time. However, few scientific data prove the efficacy and safety of these diets. This work evaluated labels of drinks based on fruits and vegetables and identified those that call detox. This was a descriptive cross-sectional study, carried out from September to October/2016. The portion size in the nutrition information and the claims found on the labels were analyzed in relation to the current legislation. Nutritional composition, total amount of ingredients and presence of food additives and other unusual ingredients in culinary preparations were compared between detox and ordinary drinks. Of 83 products analyzed, 9.6% (n=8) called detox. The nutritional composition and the average number of ingredients did not differ between detox drinks and ordinary drinks. Nutritional and health claims were present in 77.1% (n=64) of the products and 53.0% (n=44) presented claims not provided for in RDC nº 54/2012. The most frequent information was about the levels of micronutrients, sugars, sodium and fibers. The term detox, although not allowed, is found in this type of product in the Brazilian market. The results suggest that the term detox is used more as a marketing strategy than as a real claim of nutritional property. (AU)

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