Rev. méd. Paraná; 79 (2), 2021
Publication year: 2021
Racional:
A prática regular de atividade física é fundamental para promoção de estilo de vida saudável. Objetivo:
Investigar a associação entre nível de atividade física e qualidade de vida dos acadêmicos de medicina de uma instituição de ensino privada. Métodos:
Foram empregados: 1) questionário para avaliação sociodemográfica (gênero, idade, cor/raça/etnia, estado civil, história de tabagismo, período do curso, peso, estatura, índice de massa corporal, percepção da imagem corporal, motivos e barreiras à prática de atividade física, percepção da saúde); 2) Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) versão curta para verificar prática de atividade física; e 3) Questionário WHOQOL-bref traduzido para o português para averiguar qualidade de vida. Resultados:
A amostra foi composta por 208 estudantes de medicina (115 mulheres e 93 homens) na faixa etária média de 21,9 anos, fisicamente ativos (42,7%) ou muito ativos (18,7%). Houve diferença no IMC (p<0,01) e na percepção da imagem corporal (p<0,05) entre os gêneros. Os principais motivos para a prática de exercício físico foram satisfação pessoal, estética e perda de peso com diferença entre os gêneros (p<0,05). Não se detectou diferença na comparação entre nível de atividade física (IPAQ) e qualidade de vida (WHOQOL-bref) que foi classificada de regular a boa (p<0,05). Falta de tempo e preguiça foram os obstáculos mais frequentes à prática diária de exercícios físicos. Conclusão:
Os estudantes apresentaram boa percepção da saúde; entretanto, independente do gênero, faz-se necessário estratégias para melhor administração do tempo e investimentos na adoção de estilo de vida mais ativo.
Background:
The regular practice of a physical activity is essential to promote a healthy lifestyle. Objective:
To investigate the association between physical activity level and quality of life of medical students from a private educational institution. Methods:
The following were used: 1) questionnaire for sociodemographic assessment (gender, age, color/race/ethnicity, marital status, smoking history, course period, weight, height, body mass index, body image perception, reasons and barriers to the practice of physical activity, health perception); 2) International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) short version to verify physical activity practice; and 3) WHOQOL-bref questionnaire translated into Portuguese to assess the quality of life. Results:
The sample consisted of 208 medical students (115 women and 93 men) with an average age of 21.9 years, physically active (42.7%) or very active (18.7%). There were differences in BMI (p<0.01) and in-body image perception (p<0.05) between genders. The main reasons for the practice of physical exercise were personal satisfaction, aesthetics, and weight loss with a difference between genders (p<0.05). No difference was detected in the comparison between the level of physical activity (IPAQ) and quality of life (WHOQOL-bref), which was classified as fair to good (p<0.05). Lack of time and laziness were the most frequent obstacles to daily physical exercise. Conclusion:
Students had a good perception of health; however, regardless of gender, strategies for better time management and investments in adopting a more active lifestyle are needed.