Perfil clínico-epidemiológico da hanseníase em um município hiperendêmico
Clinical-epidemiological profile of leprosy in a hyperendemic municipality

Rev. enferm. UFPI; 9 (), 2020
Publication year: 2020

Objetivo:

caracterizar o perfil clínico e epidemiológico dos casos de hanseníase no município hiperendêmico de São Luís do Maranhão, Brasil.

Metodologia:

estudo epidemiológico, retrospectivo, descritivo e quantitativo. Utilizaram-se dados de pacientes com hanseníase, referentes ao período de 2014 a 2017, obtidos a partir da base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde.

Resultados:

no período analisado, notificaram-se 2.166 casos de hanseníase. Observou-se maior frequência no sexo feminino (53,4%) e na faixa etária de 15-59 anos (69,4%). Quanto aos aspectos clínicos, 62,1% eram da forma dimorfa, 77,8% classificados como multibacilar e 61,8% sem incapacidades físicas. Apresentaram algum grau de incapacidade 694 casos (32,0%). O diagnóstico da hanseníase ainda é realizado tardiamente devido à detecção da classificação multibacilar e forma clínica dimorfa, além da presença de incapacidade física no momento do diagnóstico.

Conclusão:

os resultados deste estudo sugerem a realização de novas pesquisas que explorem a necessidade de intensificação de estratégias de prevenção e controle da doença visando à eliminação da hanseníase como problema de saúde pública no município.

Objective:

to characterize the clinical and epidemiological profile of leprosy cases in the hyperendemic municipality of São Luís do Maranhão, Brazil.

Methodology:

This is an epidemiological, retrospective, descriptive, and quantitative study. We used data from leprosy patients from 2014 to 2017 obtained from the database of the Information System for Notifiable Diseases, available by the Informatics Department of the Unified Health System.

Results:

In the analyzed period, we notified 2,166 leprosy cases. A higher frequency was observed in females (53.4%) and the 15-59 age group (69.4%). Regarding the clinical aspects, 62.1% were of the dimorphic form, 77.8% were classified as multibacillary and 61.8% without physical disabilities. In 694 cases (32.0%), there was some degree of disability. The diagnosis of leprosy is still made late, due to the detection of the multibacillary classification and the dimorphic clinical form, and to the presence of a physical disability at the time of diagnosis.

Conclusion:

the results of this study suggest new research that explores the need to intensify strategies for prevention and control of the disease aiming at the elimination of leprosy as a public health problem in the municipality.

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