Prevalência e fatores associados ao uso de tabaco por estudantes universitários brasileiros: revisão sistemática e metanálise
Prevalence and factors associated with tobacco use among Brazilian college students: a systematic review and meta-analysis
Prevalencia y factores asociados al consumo de tabaco en estudiantes universitarios brasileños: una revisión sistemática y metaanálisis

Rev. baiana saúde pública; 45 (1), 2021
Publication year: 2021

O tabagismo integra a classificação de distúrbios como transtornos mentais e comportamentais em razão do uso de substância psicoativa. Torna-se reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina, substância presente nos produtos à base de tabaco. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência e os fatores associados ao uso de tabaco por estudantes universitários brasileiros. Foi realizada uma revisão sistemática e metanálise de janeiro de 2010 a dezembro de 2020. A pesquisa foi feita nas bases de dados Scielo.org e Scielo.br, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Pubmed, Web of Science, Scopus e Embase. Esta pesquisa teve por base as recomendações metodológicas do Prisma. O rigor metodológico foi avaliado segundo critérios de Russell e Gregory. Dos 1.496 artigos, 18 entraram na revisão sistemática e oito na metanálise. Identificou-se que 61,11% dos estudos foram publicados entre 2010 e 2014. A prevalência do uso do tabaco variou entre 4,7% e 24,6%. Entre os ex-tabagistas, variou de 2,1% a 88,5%. Entre os sexos, 11% dos homens e 4% das mulheres usam tabaco, segundo a sumarização da metanálise. Destacaram-se os seguintes fatores associados: sexo masculino; morar sozinho ou com amigos; renda familiar de cinco a oito salários mínimos; classe econômica A1/A2; não trabalhar; e não ser adepto à religião. Existem variados estudos sobre o tema e que abrangem o período proposto publicados com diferentes perspectivas. Entretanto, as análises relatam divergência do consumo entre os sexos, assim como demonstram alguns fatores de proteção.
Smoking constitutes a mental and behavioral disorder due to the use of psychoactive substances and is recognized as a chronic disease caused by dependence on nicotine, substance present in tobacco products. To identify the prevalence and factors associated with tobacco use among Brazilian college students, this study carried out a systematic review and meta-analysis from January 2010 to December 2020. Data was collected by searches in the Scielo.org and Scielo.br, Virtual Health Library (BVS), Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (Lilacs), Pubmed, Web of science, Scopus, and Embase databases. The review followed the PRISMA guidelines, and its methodological rigor was assessed according to Russell and Gregory. Of the 1496 papers found, 18 were included in the systematic review and eight in the meta-analysis. Of these, 61.11% were published between 2010 and 2014. The prevalence of tobacco use ranged from 4.7% to 24.6%; among former smokers, it ranged from 2.1% to 88.5%. As for gender, 11% of men and 4% of women use tobacco, according to summary of the meta-analysis.

The following associated factors were highlighted:

being male; living alone or with friends; family income from 5 to 8 minimum wages; economic class A1/A2; unemployed; and not being religious. Several studies address this subject in the proposed period, published with different perspectives. But the analyses report divergence of use between genders and point to some protective factors.
El tabaquismo integra la clasificación de los trastornos mentales y conductuales debido al consumo de sustancias psicoactivas. Se reconoce como una enfermedad crónica causada por la dependencia de la nicotina, sustancia presente en los productos del tabaco. El objetivo de este estudio fue identificar la prevalencia y los factores asociados al consumo de tabaco por estudiantes universitarios brasileños. Se realizó una revisión sistemática y un metaanálisis desde enero de 2010 hasta diciembre de 2020. La búsqueda se realizó en las bases de datos Scielo.org y Scielo.br, Biblioteca Virtual en Salud (BVS), Literatura Latinoamericana y del Caribe en Ciencias de la Salud (Lilacs), PubMed, Web of Science, Scopus y Embase. Este estudio se fundamentó en las recomendaciones metodológicas de Prisma. El rigor metodológico se evaluó según los criterios de Russell y Gregory. De los 1.496 artículos, 18 se incluyeron en la revisión sistemática y 8 en el metaanálisis. El 61,11% de los estudios se publicaron entre 2010 y 2014. La prevalencia del consumo de tabaco oscilaba entre el 4,7% y el 24,6%. Entre los exfumadores se osciló en el 2,1% y el 88,5%. Entre los sexos, el 11% de los hombres y el 4% de las mujeres consumen tabaco según muestra el metaanálisis.

Se destacaron los siguientes factores asociados:

sexo masculino; vivir solo o con amigos; ingresos familiares de 5 a 8 salarios mínimos, clase económica A1/A2; no trabajar; y no tener una religión. Varios estudios se dedican al tema y abarcan el periodo en estudio con diferentes perspectivas. Sin embargo, los análisis relatan la divergencia del consumo entre los sexos, así como demuestran algunos factores de protección.

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