Resiliência e Mecanismos de Defesa em Pacientes com Câncer em Quimioterapia Ambulatorial
Resilience and Defense Mechanisms in Patients with Cancer Outpatient Chemotherapy
Resiliencia y Mecanismos de Defensa en Pacientes con Cáncer en Quimioterapia Ambulatorial

Rev. Bras. Cancerol. (Online); 68 (1), 2022
Publication year: 2022

Introdução:

A capacidade de enfrentamento de situações adversas, que é definida como resiliência, auxilia o paciente a superar as dificuldades do tratamento. Entretanto, ainda são poucos os estudos que avaliam a resiliência em pacientes com câncer que realizam quimioterapia ambulatorial.

Objetivo:

Avaliar a resiliência de pacientes com câncer em tratamento quimioterápico ambulatorial e verificar a correlação com os mecanismos de defesa, sintomas depressivos e de ansiedade.

Método:

Estudo observacional, de correlação e prospectivo, com pacientes com diagnóstico de câncer, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, alfabetizados e em início de tratamento com quimioterapia ambulatorial.

Os seguintes instrumentos foram aplicados no primeiro dia de tratamento quimioterápico e após 30 a 45 dias:

Escala de Resiliência, Defense Style Questionnaire (DSQ-40), Inventário de Depressão de Beck e Inventário de Ansiedade de Beck.

Resultados:

Um total de 55 participantes foi incluído, sendo 32 (58%) do sexo feminino, com média e desvio-padrão (DP) de idade de 54,1 (DP=12,2) anos. Os diagnósticos mais frequentes foram câncer colorretal, 15 (27%) e câncer de mama, 12 (22%). Observou-se correlação negativa significativa entre sintomas depressivos e de ansiedade com os níveis de resiliência tanto na primeira (p<0,001) como na segunda avaliação (p<0,05). Os mecanismos de defesa maduros (humor e racionalização) apresentaram correlação positiva significativa e os imaturos (atuação e cisão) demonstraram correlação negativa.

Conclusão:

Os resultados confirmaram que a maior capacidade de resiliência se correlaciona com o uso de mecanismos de defesa adaptativos e com menores níveis de sintomas depressivos e de ansiedade em pacientes durante a quimioterapia ambulatorial

Introduction:

The ability to cope with adverse situations, defined as resilience, helps patients to overcome difficulties in their treatment. However, there are still few studies assessing resilience in cancer patients undergoing outpatient chemotherapy.

Objective:

To assess resilience in cancer patients undergoing outpatient chemotherapy and to verify its correlation with defense mechanisms, as well as with symptoms of depression and anxiety.

Method:

Observational, correlational and prospective study with patients of both sexes, diagnosed with cancer, over 18 years old, literate and beginning treatment with outpatient chemotherapy.

The following instruments were applied on the first day of chemotherapy treatment and then again after 30 to 45 days:

Resilience Scale, Defense Style Questionnaire (DSQ-40), Beck’s Depression Inventory and Beck’s Anxiety Inventory.

Results:

A total of 55 participants were included in the study, 32 (58%) of which were female, with an average age and standard deviation (SD) of 54.1 (SD=12.2) years. The most frequent diagnoses were colorectal cancer, 15 (27%) and breast cancer, 12 (22%). There was a significant negative correlation between symptoms of depression or anxiety and resilience levels both in the first (p<0.001) and in the second evaluation (p<0.05). Mature defense mechanisms (mood and rationalization) showed a significant positive correlation with resilience, while immature ones (performance and split) showed a negative correlation.

Conclusion:

The results confirmed that a greater capacity for resilience correlates with the use of adaptive defense mechanisms and with lower levels of depressive symptoms and anxiety in patients while receiving outpatient chemotherapy

Introducción:

La capacidad de afrontar situaciones adversas, que se define como resiliencia, ayuda al paciente a superar las dificultades del tratamiento. Sin embargo, todavía hay pocos estudios que evalúen la resiliencia en pacientes con cáncer sometidos a quimioterapia ambulatoria.

Objetivo:

Evaluar la resiliencia de los pacientes oncológicos sometidos a quimioterapia ambulatoria y verificar la correlación con los mecanismos de defensa y con síntomas depresivos o de ansiedad.

Método:

Estudio observacional, correlacional y prospectivo con pacientes de ambos sexos, diagnosticados con cáncer, mayores de 18 años, alfabetizados e iniciando tratamiento con quimioterapia ambulatoria.

Los siguientes instrumentos se aplicaron el primer día de tratamiento de quimioterapia y otra vez después de 30 a 45 días:

Escala de resiliencia, Cuestionario de estilo de defensa (DSQ-40), Inventario de depresión de Beck e Inventario de ansiedad de Beck.

Resultados:

Se incluyeron 55 participantes en la investigación, 32 (58%) de los cuales eran mujeres, con una edad promedio y desviación estándar (DE) de 54,1 (DE=12,2) años. Los diagnósticos más frecuentes fueron cáncer colorrectal, 15 (27%) y cáncer de mama, 12 (22%). Se encontró una correlación negativa significativa entre síntomas depresivos o de ansiedad y los niveles de resiliencia tanto en la primera (p<0,001) como en la segunda evaluación (p<0,05). Los mecanismos de defensa maduros (estado de ánimo y racionalización) mostraron una correlación positiva significativa y los inmaduros (rendimiento y división) mostraron una correlación negativa.

Conclusión:

Los resultados confirmaron que una mayor capacidad de resiliencia se correlaciona con el uso de mecanismos de defensa adaptativos y con menores niveles de síntomas depresivos y ansiedad en pacientes durante la quimioterapia ambulatoria

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