Rev. Ciênc. Méd. Biol. (Impr.); 21 (1), 2022
Publication year: 2022
Introdução:
o uso de substitutos cutâneos para o tratamento de diversas feridas graves é uma forma eficiente de prevenir infecções e favorecer o processo de reepitelização. No entanto, tecidos biológicos estão suscetíveis a degradação e contaminação. Por isso, devem ser submetidos a rigorosos protocolos de processamento e testes que comprovem suas contribuições benéficas e segurança de aplicação. Objetivo:
trazer uma abordagem sobre as principais características dos métodos de criopreservação, glicerolização e liofilização e sua consequencia nos aspectos imunológicos, microbiológicos e de viabilidade tecidual de enxertos de pele humana. Metodologia:
foi realizada uma busca online utilizando as palavras chaves “criopreservação”, “liofilização”, “glicerolização”, “enxertos”, “processamento tecidual” e “engenharia dos tecidos” em múltiplas combinações nos bancos de dados PubMed, LILACS e ScienceDirect. Resultados:
200 artigos científicos foram obtidos, 26 excluídos por duplicidade, 92 selecionados para leitura integral a partir da leitura de seus resumos e 27 utilizados na construção desta revisão. A liofilização e a glicerolização são métodos semelhantes considerando a viabilidade tecidual. O uso de glicerol traz como principal desvantagem sua citotoxicidade quando comparado aos outros métodos. A criopreservação mantém os tecidos viáveis. Contudo, pode ser mais cara e trazer riscos de transmissão de microorganismos patogênicos. De modo geral, não é bem estabelecido quais os melhores métodos de conservação para uma adequada conservação da viabilidade dos enxertos de pele. Considerações Finais:
os 3 métodos, liofilização, glicerolização e criopreservação, possuem aplicabilidade na conservação de enxertos. A falta de padronização na aplicação de enxertos apesar de sua frequente aplicação e a escassez de estudos recentes sobre o tema justificam o presente estudo.
Introduction:
the use of skin substitutes for treatment of several wounds is an efficient way to prevent infections and allow the re-epithelialization process. However, biological tissues are susceptible to degradation and contamination. Therefore, they must undergo rigorous processing and testing protocols that prove their beneficial contributions and application security. Objective:
to bring an approach on the main characteristics of cryopreservation, freeze-drying and glycerol conservation methods and their implications on immunological, microbiological and tissue viability aspects when applied to human skin grafts. Methodology:
a mostly online search was performed using the keywords “cryopreservation”, “freeze-drying”, “glycerol conservation”, “grafts”, “tissue processing” and “tissue engineering” in multiple combinations in PubMed, LILACS and ScienceDirect databases. Results:
200 scientific articles were rescued, 26 excluded by duplicity, 92 selected for full reading from the reading of their abstracts and 27 used in the construction of this review. Freeze-drying and glycerol conservation are similar methods, with glycerol conservation having greater economic advantage. The use of glycerol presents cytotoxicity when compared to the other methods. Cryopreservation keeps tissues viable, however, is more expensive and carry risks of transmission of pathogenic microorganisms. Overall, there is a lack of clarity about the importance of viability in the performance of skin grafts. Final considerations:
the 3 methods have applicability in graft conservation. The lack of standardization in graft application despite its frequent application and the scarcity of recent studies on the subject justify the present study.