Utilização de atendimentos no serviço de atenção básica em um município do Espírito Santo segundo perfil sociodemográfico e de condições de saúde
Use of primary care services in a city of Espírito Santo according to sociodemographic profile and health conditions

Rev. APS; 25 (Supl 1), 2022
Publication year: 2022

A Atenção Básicaé a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde. O acesso efetivo a esse serviço pode ser avaliado pela utilização de atendimentos, e não apenas pela disponibilidade. O conhecimento do perfil populacional permite identificar grupos vulneráveis ànão utilização, assim como conhecer as morbidades mais prevalentes para promover melhor organização da oferta e utilização do serviço. Este trabalho trata-se de um estudo transversal, cujas fontes de dados foram registros das fichas do e-SUS de 8.390 indivíduos, cadastrados numa Unidade de Saúde da Família (USF). Foi analisada a prevalência de utilização de atendimentos na USF, nos quais se incluíram consultas médicas e de enfermagem. Foram comparados os perfis sociodemográfico e de morbidade referida dos utilizadores e não utilizadores da USF em 2019. O percentual de utilização de consultas foi de 50,1% dos cadastrados, sendo a média de 2,3 consultas por habitante ao ano. A maioria dos utilizadores fez até cinco consultas ao ano, porém aproximadamente um terço das consultas se referiram aos hiperutilizadores. Ser do sexo feminino, ser pardo ou negro, ter baixa escolaridade, idade mais avançada e não possuir plano de saúde privado foram condições associadas à maior utilização de consulta.
Primary care is the main entry point into the Brazilian public health system. Effective access to this service can be assessed not only by the quality of the healthcare assistance but also by its availability. Knowledge of the population's profile makes it possible to identify groups that are vulnerable to non-use of the service as well as to the most prevalent morbidities, so theservice can be better offered and organized. This is a cross-sectional study whose data source was records of 8,390 e-SUS files registered in a Family Health Unit (USF, in Portuguese). The prevalence of use of services at the USF was analyzed, which included medical and nursing consultations. The sociodemographic and reported morbidity profiles of users and non-users of the USF in 2019 were compared. The percentage of consultations was 50.1% of registered ones, with an average of 2.3 consultations per inhabitant per year. Most users have up to five consultations per year, but approximately a third of those consultations are referred to as hyper-users. Being female, being mixed-race or black, having low-level education, being older, and not having a private health plan were associated with greater use of consultations.

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