Objetivo A mortalidade infantil no Estado de S„o Paulo tem mostrado uma reduÁ„o progressiva nos ˙ltimos anos. Atualmente, atinge nÌveis para alÈm dos quais uma maior reduÁ„o parece desafiadora. Causas neonatais precoces correspondem a 50% desses Ûbitos. Entre os Ûbitos n„o neonatais precoces, destacam-se a pneumonia e a diarrÈia como as principais causas. O objetivo da pesquisa È estudar o impacto da amamentaÁ„o na reduÁ„o dos Ûbitos. MÈtodos Foram estudados 14 municÌpios da Grande S„o Paulo, onde coletaram-se informaÁıes relativas ‡ amamentaÁ„o por entrevistas, em uma amostra por conglomerados em dias nacionais de vacinaÁ„o (Projeto AmamentaÁ„o e MunicÌpios). TambÈm foram consultadas informaÁıes sobre mortalidade infantil, recolhidas de fontes oficiais, dos anos de 1999 e 2000. Com base em par‚metros da literatura sobre o risco de Ûbito por infecÁ„o respiratÛria e diarrÈia para crianÁas n„o amamentadas, calculou-se a fraÁ„o de mortalidade evit·vel por cada doenÁa. Os valores, aplicados ao n˙mero de Ûbitos registrados em cada municÌpio, permitiram o c·lculo do impacto da amamentaÁ„o sobre o Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI). Resultados A fraÁ„o de mortalidade evit·vel por infecÁ„o respiratÛria variou, segundo o municÌpio e a faixa et·ria, entre 33% e 72%. Para diarrÈia, a variaÁ„o ficou entre 35% e 86%. A estimativa mÈdia de impacto foi de 9,3% no CMI, com variaÁıes, segundo o municÌpio, entre 3,6% e 13%. Conclusıes A amamentaÁ„o no primeiro ano de vida pode ser a estratÈgia mais exeq¸Ìvel de reduÁ„o da mortalidade pÛs-neonatal para alÈm dos nÌveis j· alcanÁados em municÌpios do Estado de S„o Paulo.