Rev. Pesqui. Fisioter; 12 (1), 2022
Publication year: 2022
INTRODUÇÃO:
A articulação do ombro é a articulação mais complexa do corpo humano, a mais móvel e menos estável em relação às outras
articulações. No lançamento, usar a extremidade superior no movimento de
arremesso é uma das tarefas mais desafiadoras. Para gerar um arremesso preciso, os numerosos componentes anatômicos envolvidos no movimento de arremesso acima da cabeça devem ser coordenados. A força muscular do ombro
é um componente-chave para excelência no lançamento, e a força de vários
grupos musculares do ombro influencia a velocidade do lançamento. Por isso, é
fundamental que os jogadores de lançamento exerçam força em seu desempenho. Isso carece de estabilidade óssea e sacrifica a estabilidade para aumentar
a mobilidade. OBJETIVOS:
Analisar os efeitos do fortalecimento dos rotadores
internos do ombro e da técnica de energia muscular (TEM) dos rotadores externos do ombro na velocidade de arremesso em jogadores rápidos de críquete.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Jogadores de críquete rápido participantes de campo
esportivo, com idade entre 18 e 30 anos, foram recrutados e então alocados
aleatoriamente em dois grupos: grupo fortalecimento e grupo TEM. O grupo
fortalecimento recebeu fortalecimento muscular para os rotadores internos do
ombro e o grupo TEM recebeu a técnica de energia muscular para os rotadores
externos. Todas as intervenções de exercícios envolveram sessão de supervisão
do fisioterapeuta com 12 repetições e 3 séries 5 dias por semana até oito semanas. A amplitude de movimento foi medida pelo goniômetro e a velocidade do
arremesso foi avaliada pela pistola de velocidade. Todos os resultados foram
avaliados na linha de base, 2ª semana, 4ª semana e 8ª semana após a intervenção com a ANOVA de medidas repetidas. RESULTADOS:
Dos 30 participantes
avaliados, a média de idade, altura, peso e IMC foi, respectivamente, 21.40±2.36
anos de idade, 1.74±.09m, 71.80±16.77kg e 23.57±4.20Kg/m2 para o grupo fortalecimento e 22.53±1.55 anos, 1.70±.04m, 62.47±8.02kg, 21.49±2.63 Kg/m2
para o grupo TEM. Houve diferença estatisticamente significante para todos os
desfechos em relação aos tempos medidos entre os dois grupos de intervenção. Porém, no grupo fortalecimento, houve maior tamanho de efeito para ADM
de Rotação Interna (1.99 no grupo fortalecimento versus 1.42 no grupo TEM)
e para velocidade do arremesso (1.52 versus 1.39). A ADM de rotação externa
obteve maior tamanho de efeito no grupo TEM (1.66 para o grupo TEM e 1.16
para o grupo fortalecimento). CONCLUSÕES:
O resultado do estudo conclui que
uma melhora significativa na força dos rotadores internos e externos do ombro
leva a uma melhora na velocidade do lançamento, de modo que o protocolo de
treinamento de força do ombro e o treinamento de energia muscular podem
ser incorporados para aumentar a velocidade do jogador.
INTRODUCTION:
The shoulder joint is the most complex
joint in the human body, the most mobile and least stable in relation to
other joints. In bowling, using the upper extremity in the throwing motion
is one of the most challenging tasks. In order to generate a precise throw,
the numerous anatomical components involved in the overhead throwing
motion must be coordinated. Shoulder muscular strength is a key component
of excellent bowling, and the strength of various shoulder muscle groups
influences bowling speed. Therefore, bowling players must exert strength
in their performance. This lacks bone stability and sacrifices stability to
increase mobility. OBJECTIVES:
To analyse the effects of strengthening the
shoulder internal rotators and the muscular energy technique of the shoulder
external rotators on bowling speed in fast cricket players. METHODS AND
MATERIALS:
Participating rapid cricket players from the sports field, aged 18-
30 years, were recruited and then randomly allocated into two groups: the
strengthening group and the MET group. The strengthening group received
muscle strengthening for the shoulder's internal rotators, and the MET
group received the muscle energy technique for the external rotators. All the
exercise interventions were involved physiotherapist supervision sessions
with 12 repetitions and 3 sets 5 days per week up to eight weeks. Range of
motion was measured by goniometer instrument, and bowling speed was
assessed by speed gun. All outcomes were assessed at baseline, 2nd week, 4th
week, and 8th week after the intervention with repeated measures ANOVA.
RESULTS:
Of the 30 participants evaluated, the mean age, height, weight, and
BMI were, respectively, 21.40±2.36 years old, 1.74±0.09m, 71.80±16.77kg,
and 23.57±4.20Kg/m2 for the strengthening group and 22.53±1.55 years old,
1.70±0.04m, 62.47±8.02kg, 21.49±2.63Kg/m2 for the MET group. There was
a statistically significant difference for all outcomes regarding the measured
times between the two intervention groups. However, there was a greater
effect size for internal rotation ROM (1.99 in the strengthening group
versus 1.42 in the MET group) and bowling speed (1.52 versus 1.39) in the
strengthening group. External rotation ROM had a greater effect size in the
MET group (1.66 for the MET group and 1.16 for the strengthening group).
CONCLUSIONS:
The study concludes that a significant improvement in
shoulder internal rotators and external rotators' strength leads to improved
bowling speed, so the shoulder strength training protocol and muscle energy
training can be incorporated for increasing the bowler's speed.