Efeito da vibração de corpo inteiro no paciente hospitalizado: revisão sistemática
Effect of whole body vibration on hospitalized patients: a systematic review

Rev. Pesqui. Fisioter; 12 (1), 2022
Publication year: 2022

INTRODUÇÃO:

O treinamento com vibração de corpo inteiro (WBV, do inglês Whole Body Vibration) foi recentemente proposto como um método de treinamento com potencial para melhorar a composição corporal e prevenir osteoporose e perda de massa óssea.18 Nos últimos anos, alguns estudos mostraram que o WBV pode ser um modo de treinamento benéfico na força, resistência física, atividades relacionadas à mobilidade (transferência, equilíbrio e caminhada) em pacientes com esclerose múltipla19, diabetes tipo 220, doença pulmonar obstrutiva crônica21 e receptores de transplante cardíaco.22 Torna-se relevante em razão ao alto impacto na funcionalidade e consequentemente qualidade de vida dos pacientes hospitalizados.

OBJETIVO:

Verificar o efeito da vibração de corpo inteiro no paciente hospitalizado.

MÉTODOS:

Revisão de ensaios clínicos controlados randomizados (ECR) e estudo piloto nas bases de dados PubMed, Cochrane Library, Medline e PEDro. As pesquisas nas bases de dados foram realizadas através de combinações (utilizando os conectores “AND” e “OR”) através das estratégias de pesquisa PICOS pacientes hospitalizados, vibração de corpo inteiro, fisioterapia, e seus respectivos correlatos em inglês: “hospitalized patients”, “whole body vibration”, “physiotherapy”. Utilizou-se a escala PEDro com o ponto de corte ≥5 para análise da qualidade metodológica. Os critérios de elegibilidade; incluiu pacientes adultos (com idade ≥18 anos); um desenho de ensaio clínico controlado randomizado e estudo piloto; pacientes que utilizaram a vibração de corpo inteiro no âmbito hospitalar.

RESULTADOS:

Foram incluídos 6 artigos, publicados entre os anos 2014 e 2018, a terapia mostrou-se eficaz em pacientes hospitalizados, havendo significância em alguns desfechos TC6- 167,9 ± 117,46m para 263,45±22124,13m; p<0,001 e VEF1- 32,71 ±13,18% pred. para 3,71± 13,89%, entretanto não houve diferença estatística na PA e FC.

CONCLUSÃO:

O uso da vibração de corpo inteiro mostrou-se segura e viável em pacientes hospitalizados. O TC6 e o VEF1 apresentado em todos os artigos demonstraram significantes, entretanto não houve diferença estatística na PA e FC. Portanto, é necessário ensaios clínicos randomizados para investigar a eficácia e os efeitos adversos dessa terapia. Embora efeitos positivos tenham sido relatados, sugerimos outras investigações em maior escala com parâmetros controlados e protocolos bem elaborados.

INTRODUCTION:

Whole Body Vibration (WBV) training was recently proposed as a training method with the potential to improve body composition and prevent osteoporosis and bone loss.18 In recent years, some studies have shown that WBV can be a beneficial training mode in strength, physical endurance, mobilityrelated activities (transfer, balance, and walking) in patients with multiple sclerosis19, type 2 diabetes20, chronic obstructive pulmonary disease21, and recipients of heart transplantation.22 It becomes relevant due to the high impact on the functionality and consequently the quality of life of hospitalized patients.

OBJECTIVE:

To verify the effect of whole-body vibration in hospitalized patients.

METHODS:

Review randomized controlled clinical trials (RCT) and a pilot study in PubMed, Cochrane Library, Medline, and PEDro databases. The searches in the databases were carried out through combinations (using the "AND" and "OR" connectors) through the search strategies PICOS hospitalized patients, whole-body vibration, physiotherapy, and their respective counterparts in English: "hospitalized patients" "whole-body vibration," "physiotherapy. The PEDro scale with a cutoff point ≥5 was used to analyze the methodological quality. Eligibility criteria; included adult patients (aged ≥18 years); a randomized controlled clinical trial and pilot study design; patients who used whole-body vibration in the hospital setting.

RESULTS:

Six articles published between 2014 and 2018 were included. The therapy proved to be effective in hospitalized patients, with significance in some outcomes 6MWT- 167.9 ± 117.46m to 263.45 ±22124.13m; p<0.001 and FEV1-32.71 ±13.18% pred. for 3.71 ± 13.89%, however, there was no statistical difference in BP and HR.

CONCLUSION:

The use of whole-body vibration proved safe and viable in hospitalized patients. The 6MWT and FEV1 presented in all articles were significant. However, there was no statistical difference in BP and HR. Therefore, randomized clinical trials are needed to investigate this therapy's efficacy and adverse effects. Although positive effects have been reported, we suggest further investigations with controlled parameters and well-designed protocols on a larger scale.

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