Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.); 88 (2), 2022
Publication year: 2022
Abstract Introduction:
Nasopharyngeal carcinoma has the highest metastatic potential of all head and neck cancers. The survival time of patients with nasopharyngeal carcinoma has improved significantly in the last decades due to the use of combination of chemotherapy and radiotherapy, as well as advances in radiotherapy techniques. However, appropriately 30% of patients with nasopharyngeal carcinoma suffer a poor prognosis, mainly due to distant metastasis. Objective:
The study aimed to identify the survival and prognostic factors in metastatic nasopharyngeal carcinoma. Methods:
A retrospective analysis was conducted in patients treated for synchronous metastatic nasopharyngeal carcinoma or metachronous metastatic nasopharyngeal carcinoma for 14years (2003-2016). Overall survival was analyzed using the Kaplan-Meier method and compared using the log-rank test for the whole population and both groups of patients. Multivariate analysis was performed using the Cox model; p-values < 0.05 were considered to indicate statistical significance. Results:
One hundred and twelve patients with metastatic nasopharyngeal carcinoma were included (51 patients with metastatic nasopharyngeal carcinoma, and 61 patients with metachronous metastatic nasopharyngeal carcinoma). In the whole population, the median overall survival was 10 months (1-156 months). In the multivariate analysis, female gender, poor performance status (WHO > 1) and metachronous metastasis were independent prognostic factors. In the metastatic nasopharyngeal carcinoma patients, the median overall survival was 13 months (1-156 months). In multivariate analysis, independent prognostic factors were non-oligometastatic disease, severe (G3-G4) chemotherapy toxicity and the lack of nasopharyngeal and metastatic site irradiation. In the metachronous metastatic nasopharyngeal carcinoma patients, the median overall survival was 7 months (1-41 months). In multivariate analysis, the poor performance status (WHO > 1) was an independent metastatic nasopharyngeal carcinoma prognostic factor. Conclusion:
Oligometastatic patients with synchronous metastatic nasopharyngeal carcinoma had better survival. The locoregional treatment of primitive nasopharyngeal carcinoma improved survival in patients with metastatic nasopharyngeal carcinoma who responded to induction chemotherapy. Local irradiation of metastatic sites improved survival of metastatic nasopharyngeal carcinoma patients. Grade 3 or 4 chemotherapy toxicity altered survival among patients with synchronous metastatic nasopharyngeal carcinoma.
Resumo Introdução:
O carcinoma nasofaríngeo tem o maior potencial metastático de todos os tipos de câncer de cabeça e pescoço. O tempo de sobrevida dos pacientes com carcinoma nasofaríngeo melhorou significativamente nas últimas décadas devido ao uso combinado de quimioterapia e radioterapia e os avanços nas técnicas de radioterapia. No entanto, aproximadamente 30% dos pacientes com carcinoma nasofaríngeo têm um prognóstico ruim, principalmente devido a metástases a distância. Objetivo:
Identificar a sobrevida e os fatores prognósticos no carcinoma nasofaríngeo metastático. Método:
Foi feita uma análise retrospectiva de pacientes tratados por carcinoma nasofaríngeo metastático sincrônico ou carcinoma nasofaríngeo metastático metacrônico por 14 anos (2003-2016). A sobrevida global foi analisada pelo método de Kaplan-Meier e comparada pelo teste de log-rank para toda a população e ambos os grupos de pacientes. A análise multivariada foi feita com o modelo de Cox; valores de p < 0,05 foram considerados como significância estatística. Resultados:
Foram incluídos 112 pacientes com carcinoma nasofaríngeo metastático (51 com carcinoma nasofaríngeo metastático sincrônico e 61 com carcinoma nasofaríngeo metastático metacrônico). Em toda a população, a mediana da sobrevida global foi de 10 meses (1-156 meses). Na análise multivariada, sexo feminino, baixo status de desempenho (OMS > 1) e metástase metacrônica foram fatores prognósticos independentes. Nos pacientes com carcinoma nasofaríngeo metastático sincrônico, a mediana da sobrevida global foi de 13 meses (1-156 meses). Na análise multivariada, os fatores prognósticos independentes foram doença não oli-gometastática, toxicidade grave à quimioterapia (G3 - G4) e falta de irradiação nasofaríngea e do sítio metastático. Nos pacientes com carcinoma nasofaríngeo metastático metacrônico, a mediana da sobrevida global foi de 7 meses (1-41 meses). Na análise multivariada, o baixo status de desempenho (OMS > 1) foi um fator prognóstico independente. Conclusão:
Pacientes oligometastáticos com carcinoma nasofaríngeo metastático sincrônico tiveram melhor sobrevida. O tratamento locorregional do carcinoma nasofaríngeo primário melhorou a sobrevida em pacientes com carcinoma nasofaríngeo metastático sincrônico que responderam à quimioterapia de indução. A irradiação local dos locais metastáticos melhorou a sobrevida dos pacientes com carcinoma nasofaríngeo metastático. A toxicidade de quimioterapia de grau 3 ou 4 alterou a sobrevida entre pacientes com carcinoma nasofaríngeo metastático sincrônico.