Evolution of diabetes in Brazil: prevalence data from the 2013 and 2019 Brazilian National Health Survey
Evolução do diabetes mellitus no Brasil: dados de prevalência da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e 2019
Evolución de la diabetes en Brasil: dados de prevalencia de la Encuesta Nacional de Salud brasileña de 2013 y 2019
Cad. Saúde Pública (Online); 38 (supl.1), 2022
Publication year: 2022
The prevalence of diabetes has been growing worldwide. This study aimed to estimate the prevalence of self-reported diabetes in Brazil in 2019, to describe its evolution from 2013, and to evaluate the role of population growth, aging, and other factors in the changes found. The 2019 Brazilian National Health Survey, a nationally representative cross-sectional survey, queried a physician diagnosis of diabetes in a probabilistic multistage cluster sample. The crude prevalence of known diabetes in 2019 was 7.7% (7.4%-8.0%), a 24% relative increase to the prevalence of 2013. Though this increase was greater in men (30%) than women (20%), 2019 prevalence remained higher in women (8.4%) than in men (6.9%). Age-adjusted prevalence was uniformly lower in the North region, and uniformly higher in the Southeast and Central-West regions. In 2019, 12.3 million cases of diabetes were found, a 36.4% increase from the 9.0 million in 2013. Drivers of this rise include increase in size (9.9%) and aging (1.8%) of the Brazilian population, and to all other factors, including increased case-detection and incidence, as well as decreased diabetes mortality (24.7%). Main correlates of greater prevalence - adjusted by the Poisson regression with robust variance - were older age (PR = 27.2, 95%CI: 1.2-42.9 for ≥ 65 years vs. 18-24 years), hypertension (PR = 2.6, 95%CI: 2.4-2.8 vs. normotension), and obesity (PR = 2.3, 95%CI: 2.1-2.5 vs. BMI < 25kg/m2). Those with a complete higher education had a 40% lower prevalence (PR = 0.6; 95%CI: 0.54-0.70 vs. incomplete elementary education). In conclusion, accompanying a worldwide trend, Brazil presents an increasing prevalence of diabetes throughout its regions, posing a huge burden to its population and health systems.
A prevalência do diabetes mellitus tem crescido em nível global. O estudo buscou estimar a prevalência de autorrelato de diabetes no Brasil em 2019, descrever a evolução a partir de 2013 e avaliar o papel do crescimento demográfico, envelhecimento e outros fatores observados. A Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, um inquérito transversal com representatividade nacional, perguntou sobre diagnóstico médico de diabetes em uma amostra probabilística por conglomerados com múltiplos estágios. A prevalência bruta de diabetes conhecido em 2019 foi de 7,7% (7,4%-8,0%), um aumento de 24% em relação à prevalência em 2013. Embora o aumento relativo tenha sido maior em homens (30%) que em mulheres (20%), a prevalência em 2019 permaneceu mais elevada em mulheres (8,4%) que em homens (6,9%). A prevalência ajustada por idade foi consistentemente mais baixa na Região Norte, e consistentemente mais alta nas regiões Sudeste e Centro-oeste. Em 2019, foram diagnosticados 12,3 milhões de casos de diabetes, um aumento de 36,4% em relação aos 9,0 milhões de casos em 2013. Fatores que explicam esse crescimento incluem aumento do tamanho (9,9%) e do envelhecimento (1,8%) da população brasileira, e outros fatores como o aumento na detecção de casos e na incidência, além de uma queda na mortalidade por diabetes (24,7%). As principais associações para uma maior prevalência - ajustada por regressão de Poisson com variância robusta - foram idade mais velha (RP = 27,2; IC95%: 1,2-42,9 para ≥ 65 anos vs. 18-24 anos), hipertensão (RP = 2,6; IC95%: 2,4-2,8 vs. normotensão) e obesidade (RP = 2,3; IC95%: 2,1-2,5 vs. IMC < 25kg/m2). Indivíduos com Nível Universitário completo tiveram uma prevalência 40% mais baixa (RP = 0,6; IC95%: 0,54-0,70 vs. Fundamental incompleto). Como conclusão, refletindo uma tendência mundial, o Brasil apresenta prevalência crescente de diabetes em todas as macrorregiões, o que cria uma enorme carga para a população e os sistemas de saúde.
La prevalencia de la diabetes ha estado creciendo alrededor de todo el mundo. El objetivo de este estudio fue estimar la prevalencia de la diabetes autoinformada en Brasil en 2019, para describir su evolución desde 2013, así como para evaluar el papel del crecimiento de la población, envejecimiento, y otros factores en los cambios encontrados. Se utilizó la Encuesta Nacional de Salud brasileña de 2019, una encuesta transversal representativa nacionalmente, donde se consultó el diagnóstico médico de diabetes en una muestra probabilística por conglomerados multietapa. La prevalencia cruda de la diabetes conocida en 2019 fue 7,7% (7,4%-8,0%), con un 24% de incremento relativo respecto a la prevalencia de 2013. Sin embargo, este aumento fue mayor en hombres (30%) que en mujeres (20%). La prevalencia de 2019 permaneció más alta en mujeres (8,4%) que en hombres (6,9%). La prevalencia ajustada a la edad fue uniformemente más baja en la Región Norte, y uniformemente más alta en las regiones del Sudeste y Centro-oeste. En 2019, hubo 12,3 millones de casos de diabetes, lo que supuso un incremento de 36.4% desde los 9,0 millones en 2013. Las causas incluyen el aumento de peso (9,9%) y el envejecimiento (1,8%) de la población brasileña, así como para el resto de todos los factores, incluyendo el incremento de la detección de casos e incidencia, al igual que el decremento en la mortalidad por diabetes (24,7%). Los principales factores de correlación para una mayor prevalencia -ajustados por regresión de Poisson con variancia robusta- fueron una edad más avanzada (PR = 27,2; IC95%: 1,2-42,9 para ≥ 65 años vs. 18-24 años), hipertensión (PR = 2,6; IC95%: 2,4-2,8 vs. normotensión), y obesidad (PR = 2,3; IC95%: 2,1-2,5 vs. BMI < 25kg/m2). Quienes contaban con una educación superior completa tenían una prevalencia un 40% más baja (PR = 0,6; IC95%: 0,54-0,70 vs. quienes tenían la educación básica incompleta). En conclusión, acompañando una tendencia global, Brasil presenta un incremento de prevalencia de la diabetes a través de sus regiones, planteando una carga inmensa para su población y sistemas de salud.