Rev. bras. saúde ocup; 47 (), 2022
Publication year: 2022
Resumo:
Introdução: estudos sobre processos ou fatores psicossociais e suas possíveis relações com a saúde ocupacional no mundo contemporâneo do trabalho são necessários para poder intervir e minimizar vulnerabilidades sociais e psicológicas nos locais de trabalho. Objetivo:
caracterizar os fatores psicossociais - protetivos e de risco à saúde mental - relacionados ao trabalho, sob a perspectiva de gestores e profissionais de saúde do trabalhador de uma instituição federal de educação. Métodos:
pesquisa qualitativa com abordagem da psicodinâmica do trabalho. Os dados foram coletados por meio de grupos focais e interpretados com análise temática de conteúdo. Resultados:
os fatores protetivos evidenciados incluíram ambiente e equipamentos; autonomia do trabalhador; participação nas decisões; relacionamento interpessoal; cultura institucional de apoio; e valorização social do trabalho. Como fatores de risco foram destacados intensificação e sobrecarga de trabalho; imprecisões de competências e responsabilidades; insegurança na carreira; e conciliação trabalho-família. Conclusão:
condições de trabalho e aspectos individuais do trabalhador foram referidos tanto como fatores protetivos quanto de risco à saúde mental do trabalhador e podem propiciar parâmetros para a estruturação de programas de gestão de riscos psicossociais.
Abstract Introduction:
research on psychosocial factors or processes and their possible relations to occupational health in the contemporary labor world are necessary for intervening and minimizing social and psychological vulnerabilities in the workplace. Objective:
to characterize psychosocial factors, protective and of risk for work-related mental health, as seen by managers and occupational health professionals from a Brazilian federal education institution. Methods:
qualitative research based on psychodynamics. We collected data by focus groups and interpreted them using content thematic analysis. Results:
the highlighted protective factors included environment and equipment; worker autonomy; participation in decision-making; interpersonal relationships; supportive institutional culture; and social appreciation. Work intensification and overload; vagueness of competencies and responsibilities; career insecurity; and work-family balance were highlighted as risk factors. Conclusion:
working conditions and worker's individual aspects emerged as both protective and risk factors for worker's mental health and can provide guidelines for developing psychosocial risk management programs.