Rev. Psicol., Divers. Saúde; 11 (1), 2022
Publication year: 2022
INTRODUÇÃO:
A abordagem psicanalítica atua no avesso do discurso psiquiátrico, não requerendo um manejo padronizado, e se orientando para a singularidade. O modo como cada um se enlaça ao Outro é apresentado por Lacan (1969-1970/1992) através do conceito de laço social. A inserção no discurso engendra uma trama social e, para tanto, é necessário observar o modo singular com que cada um faz laço, valendo-se da ideia de que haverá sempre um resto, pedaço de real não completamente absorvido pela lógica discursiva. Será propriamente através da invenção de um sinthoma que este resto encontrará alguma estabilização, inserindo o Outro nesta construção (Lacan, 1975-1976/2007). Partindo deste a priori, o presente estudo objetiva delinear como se estabelece o laço social na psicose a partir da psicanálise de orientação lacaniana, articulando com o conceito de sinthoma. MÉTODO:
O percurso metodológico adotado se caracteriza como qualitativo, de objetivo exploratório, e quanto ao seu delineamento, é uma pesquisa bibliográfica. RESULTADO:
Como resultados, identificamos que a psicanálise possibilita uma clínica pautada na responsabilidade do sujeito e de sua singularidade como diretrizes éticas na condução de intervenções no campo da saúde mental. CONCLUSÃO:
É a partir do conceito de laço social, formulado por Lacan, que poderemos ver as soluções, bricolagens e sinthomas que amparam a cada um. Portanto, resta acompanhar e testemunhar, no um a um dos casos, a forma como cada sujeito pode, ao seu modo, remendar a sua realidade, sempre psíquica.
INTRODUCTION:
A psychoanalytic approach does not require psychiatric discourse, standardized management, and uniqueness. METHOD:
Or how each is linked to the Other is presented by Lacan (1969-1970/1992) through the concept of the social bond. A non-discursive insertion engenders a social fabric, and, therefore, it is necessary to observe the singular form in which each face, starting from the idea that there will always be a rest, a piece of the real, is not totally absorbed by the discursive logic. Through the invention of a symptom, this rest will find some stabilization, insertion, or other construction (Lacan, 1975-1976/2007). Based on this a priori, or the present study, the objective is to understand how the social bond in the psyche is established from Lacanian oriented psychoanalysis, articulating itself as a symptom concept. The methodological approach is qualitative, with an exploratory objective, and its design and bibliographic research every year. RESULT:
As a result, we identified that psychoanalysis enables a clinic based on the individual's responsibility and its uniqueness as ethical guidelines in conducting interventions in the field of mental health. CONCLUSION:
From the concept of the social bond formulated by Lacan, we will be able to see the solutions, bricolages, and symptoms that each one protects. Therefore, it remains to monitor and testify, not one to two cases, as each subject can, in his own way, fix his reality, always psychic.
NTRODUCCIÓN:
El enfoque psicoanalítico trabaja en el lado opuesto del discurso psiquiátrico, no requiriendo un manejo estandarizado y enfocándose en la singularidad. La forma en que cada uno se vincula con el Otro es presentada por Lacan (1969-1970 / 1992) a través del concepto de vínculo social. La inserción en el discurso engendra un tejido social y, por tanto, es necesario observar la forma única en que cada uno forma un vínculo, haciendo uso de la idea de que siempre habrá un remanente, un trozo de realidad no completamente absorbido por la lógica discursiva. Será precisamente a través de la invención de un sinthome que este remanente encontrará cierta estabilización, insertando al Otro en esta construcción (Lacan, 1975-1976 / 2007). Partiendo de este a priori, el presente estudio pretende esbozar cómo se establece el vínculo social en la psicosis a partir del psicoanálisis lacaniano, articulándolo con el concepto de sinthome. MÉTODO:
El enfoque metodológico adoptado se caracteriza por ser cualitativo, con objetivo exploratorio, y su diseño es una investigación bibliográfica. RESULTADO:
Como resultado, identificamos que el psicoanálisis posibilita una clínica basada en la responsabilidad del sujeto y su singularidad como pautas éticas en la realización de intervenciones en el campo de la salud mental. CONCLUSIÓN:
Es a partir del concepto de vínculo social, formulado por Lacan, que podremos ver las soluciones, bricolages y sinthomes que sustentan cada uno. Por tanto, queda por seguir y presenciar, en uno a uno de los casos, cómo cada sujeto puede, a su manera, remendar su realidad, siempre psíquica.