Rev. Psicol., Divers. Saúde; 11 (1), 2022
Publication year: 2022
INTRODUÇÃO:
A saúde mental ganha um outro lugar no sistema de cuidado integral à saúde a partir do SUS. A Atenção Básica passa a integrar a RAPS desde a Portaria 3.088, de 23 de dezembro de 2011, tornando-se corresponsável por este cuidado. Na prática essa mudança ocorre de forma progressiva e encontra barreiras, principalmente quanto a formação dos profissionais e alguns estigmas enraizados. Diante disso, destaca-se a importância de ações que visem promover a saúde mental neste contexto. OBJETIVO:
Refletir acerca dos desafios e potencialidades da AB frente as demandas de SM e do matriciamento entre os profissionais de saúde, através do relato da experiência de um grupo de cuidado em SM, sob o ponto de vista de uma psicóloga da Residência Multiprofissional de Saúde da Família (FESF-Fiocruz). MÉTODO:
Trata-se de um relato de experiência, de caráter qualitativo, sobre um grupo de cuidado em SM realizado em uma USF em Lauro de Freitas (BA). RESULTADOS E DISCUSSÕES:
O grupo foi desenvolvido de forma interdisciplinar e com participação social. Visou ser terapêutico, abrindo-se para a escuta e fortalecimento de vínculos, além de ser um espaço de matriciamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A AB é um serviço fundamental na estruturação da RAPS, porém ainda está num processo de se reinventar neste papel. O grupo demonstra como pode ser um desafio ir além da lógica biomédica, se propor a superar estigmas, criar novas possibilidades de cuidado em saúde, e se permitir ser afetado pela experiência, mas também como pode ser transformador para a saúde mental e formação dos envolvidos.
INTRODUCTION:
Mental health gains another place in the health care system from the SUS. Primary Care has become part of the RAPS since Ordinance 3088 (2011), becoming co-responsible for this Care. In practice, this change occurs progressively and encounters barriers, especially regarding the training of professionals and some ingrained stigmas. Therefore, the importance of actions aimed at promoting mental health in this context is highlighted. OBJECTIVE:
to reflect on the challenges and potential of AB in the face of the demands of MH and the matrix support among health professionals, through the report of the experience of a care group in MH, from the point of view of a psychologist of the Multiprofessional Health Residency of the Family (FESF-Fiocruz). METHOD:
This is an experience report, of a qualitative nature, about an MS care group carried out at a USF in Lauro de Freitas (BA). RESULTS AND DISCUSSIONS:
The group was developed interdisciplinary and with social participation. It aimed to be therapeutic, opening itself to listening and strengthening bonds, in addition to being a space for matrix support. FINAL CONSIDERATIONS:
AB is a fundamental service in the structuring of RAPS, but it is still in the process of reinventing itself in this role. The group demonstrates how challenging it can be to go beyond the biomedical logic, propose to overcome stigmas, create new possibilities for health care, and allow oneself to be affected by the experience, but also how it can be transformative for mental health and the training of those involved.
INTRODUCCIÓN:
La salud mental gana otro lugar en el sistema integral de atención a la salud a partir del SUS. La Atención Primaria pasa a formar parte del RAPS a partir de la Ordenanza 3088 (2011), pasando a ser corresponsable de esta atención. En la práctica, este cambio se da de forma progresiva y encuentra barreras, especialmente en lo que se refiere a la formación de los profesionales y algunos estigmas arraigados. Por lo tanto, se destaca la importancia de las acciones dirigidas a la promoción de la salud mental en este contexto. OBJETIVO:
Reflexionar sobre los desafíos y potencialidades de la AB frente a las demandas de la HM y el apoyo matricial entre los profesionales de la salud, a través del relato de la experiencia de un grupo de atención en la HM, en la óptica de una psicóloga del Residencia Multiprofesional en Salud de la Familia (FESF-Fiocruz). MÉTODO:
Se trata de un relato de experiencia, de carácter cualitativo, sobre un grupo de atención a la EM realizado en una USF de Lauro de Freitas (BA). RESULTADOS Y DISCUSIÓN:
El grupo se desarrolló de forma interdisciplinaria y con participación social. Pretendió ser terapéutico, abriéndose a la escucha y fortaleciendo vínculos, además de ser un espacio de apoyo matricial. CONSIDERACIONES FINALES:
AB es un servicio fundamental en la estructuración de RAPS, pero aún está en proceso de reinventarse en este rol. El grupo demuestra cuán desafiante puede ser ir más allá de la lógica biomédica, proponer superar estigmas, crear nuevas posibilidades para el cuidado de la salud y dejarse afectar por la experiencia, pero también cómo puede ser transformadora para la salud mental y la formación de los implicados.