Rev. Assoc. Méd. Rio Gd. do Sul; 65 (4), 2021
Publication year: 2021
RESUMO
Introdução:
A co-ocorrência entre o abuso de substâncias químicas e o transtorno depressivo é reconhecida cada vez mais como
um problema de saúde pública em âmbito mundial. Objetivos:
compreender a problemática da depressão no dependente químico
segundo uma análise da literatura nacional e internacional. Método:
realizou-se uma revisão de artigos científicos publicados nas
seguintes plataformas de pesquisa: Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC), Cochrane Collaboration e Scientific
Electronic Library Online (SCIELO). Resultados:
foram encontrados 83 estudos relacionados aos descritores utilizados, sendo que
após a primeira e segunda análise de adequação aos objetivos da revisão restaram oito. Os resultados evidenciaram que a prevalência
de transtornos depressivos nos dependentes químicos teve uma média de 21,27%. O método diagnóstico utilizado com maior frequência foi o Inventário de Depressão de Beck (30%). Conclusões:
Constatou-se que a prevalência de transtornos depressivos em
dependentes químicos é de aproximadamente três vezes o da população em geral. Verificou-se que as “avaliações rápidas” como os
instrumentos MINI e Inventário de depressão de Beck foram os mais utilizados para realização do diagnóstico de depressão na pessoa
com dependência química.
PALAVRA-CHAVE: Depressão, dependência química, alcoolismo
ABSTRACT
Introduction:
The co-occurrence between substance abuse and depressive disorder is increasingly recognized as a public health problem worldwide. Objectives:
To understand the problem of depression in drug addicts according to an analysis of national and international literature. Method:
A review of
scientific articles published in the following research platforms was carried out: Psychology Electronic Journal Portal (PePSIC), Cochrane Collaboration,
and Scientific Electronic Library Online (SCIELO). Results:
Eighty-three studies related to the keywords used were found, and after the first and second
analysis of adequacy to the review objectives, eight remained. The results showed that the prevalence of depressive disorders in drug addicts had an average
of 21.27%. The most frequently used diagnostic method was the Beck Depression Inventory (30%). Conclusions:
It was found that the prevalence of
depressive disorders in drug addicts is approximately three times that of the general population. It was found that “quick assessments” such as the MINI
and the Beck Depression Inventory were the most used to diagnose depression in people with drug addiction.
KEYWORDS:
Depression, drug addiction, alcoholism