Rev. bras. promoç. saúde (Online); 35 (), 2022
Publication year: 2022
Objetivo:
Analisar a qualidade de vida (QV) da população com sobrepeso referenciada ou assistida pela Atenção Básica de Saúde (ABS), evidenciando fatores clínicos e sociodemográficos associados aos aspectos da QV. Métodos:
Estudo transversal analítico de caráter epidemiológico, desenvolvido em 2017-2020, em um município de Minas Gerais, Brasil, com 269 pessoas com sobrepeso e índice de massa corpórea (IMC) igual ou acima de 25 kg/m². Aplicaram-se instrumentos para avaliação da
QV, contendo dados sociodemográficos, ansiedade, depressão, compulsão alimentar periódica e percepção da autoimagem. Utilizou-se análise univariada, regressão linear simples e múltipla com p<0,05. Resultados:
Encontrou-se 74,3% (n=200) do sexo feminino, idade média de 39,43 ± 14,46 anos, 55% (n=149) obesidade moderada. 50% (n=134) apresentaram sintomas de ansiedade, 42,4% (n=114) sintomas depressivos, 20% (n=54) com compulsão alimentar e 32% (n=86) consideraram
comprometimento negativo na sua autoimagem. 62,1% (n=167) apresentaram insuficiência na dimensão vitalidade. Quanto aos aspectos de correlação, IMC elevado, uso de medicação, aumento da idade, estado civil viúvo, presença de sintomas de ansiedade, depressão, compulsão alimentar e ausência de atividade física apresentaram diminuição em dimensões da QV. Conclusão:
O estudo apontou que, entre as oito dimensões analisadas, apenas a dimensão “vitalidade” apresentou dados
significativamente baixos entre os participantes, sendo possível identificar variáveis sociodemográficas que se correlacionaram, tendendo a diminuir aspectos ou dimensões da qualidade de vida: obesidade grave, fazer uso de medicação, apresentar estado civil viúvo, não realizar atividades físicas regularmente, apresentar sintomas de ansiedade, depressão e compulsão alimentar periódica em nível grave.
Objective:
To analyze the Quality of Life (QoL) of the overweight population referred to or assisted by Primary Health Care (PHC), evidencing clinical and sociodemographic factors associated with aspects of QoL. Methods:
Analytical cross-sectional epidemiological study, carried out in 2017-2020, in a municipality of Minas Gerais, Brazil, with 269 overweight people with a body mass index (BMI) equal to or above 25 kg/m². Instruments were applied to assess QoL, sociodemographic data, anxiety, depression, binge eating, and self-image perception. Simple and multiple linear regression were used. Results:
74.3% (n=200) were female, mean age of 39.43 ± 14.46 years, 55% (n=149) were moderately obese. 50% (n=134) had symptoms of anxiety, 42.4% (n=114) had depressive symptoms, 20% (n=54) had binge eating and 32% (n=86) considered their self-image to be negatively affected. 62.1%
(n=167) showed insufficiency in the vitality dimension. As for the correlation aspects, high BMI, medication use, increasing age, widowed marital status, symptoms of anxiety, depression, binge eating, and lack of physical activity showed a decrease in QOL dimensions. Conclusion:
The study showed that among the eight dimensions analyzed, only the “vitality” dimension presented significantly low data among the participants, making it possible to identify sociodemographic variables that were correlated,
tending to decrease aspects or dimensions of quality of life: severe obesity, using of medication, being widowed, not performing physical activities regularly, presenting symptoms of anxiety, depression, and binge eating at a severe level.
Objetivo:
Analizar la calidad de vida (CV) de la población con sobrepeso referenciada o asistida por la Atención Primaria de Salud (APS), evidenciando factores clínicos y sociodemográficos asociados a los aspectos de la CV. Métodos:
Estudio transversal analítico de carácter epidemiológico, desarrollado en 2017-2020, en un municipio de Minas Gerais, Brasil, con 269 personas consobrepeso e índice de masa corporal (IMC) igual o superior a 25kg/m². Fueron aplicados instrumentos para evaluación de la CV,
conteniendo datos sociodemográficos, ansiedad, depresión, trastorno de hiperfagia compulsiva y percepción de autoimagen. Fue utilizado análisis univariado, regresión linear simple y múltiple con p<0,05. Resultados:
Se encontró 74,3% (n=200) del sexo femenino, edad média de 39,43 ± 14,46 años, 55% (n=149) obesidad moderada. 50% (n=134) presentaron síntomas de ansiedad, 42,4% (n=114) síntomas depresivos, 20% (n=54) con trastorno de hiperfagia compulsiva e 32% (n=86) consideraron comprometimiento negativo en su autoimagen. 62,1% (n=167) presentaron insuficiencia en la dimensión vitalidad. Cuanto a los aspectos de correlación, IMC alto, uso de medicación, aumento de la edad, estado civil viudo, presencia de síntomas de ansiedad, depresión, trastorno de hiperfagia compulsiva y ausencia de actividad física presentaron disminución en dimensiones de la CV. Conclusión:
El estudio indicó que, entre las ocho dimensiones analizadas, solamente la dimensión “vitalidad” presentó datos significativamente bajos entre los participantes, posibilitando la identificación de variables sociodemográficas que se correlacionaron, tendiendo a disminuir aspectos o dimensiones de la calidad de vida: obesidad grave, uso de medicación, presentar estado civil viudo, no realizar actividades físicas regularmente, presentar síntomas de ansiedad, depresión y trastornode hiperfagia compulsiva en nivel grave.